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A LEI DO MAIS FRACO: SEM TERRAS X LATIFUNDIÁRIOS

MOVIMENTO SEM TERRA LIBERA ESTRADA DA COLÔNIA

O M.L.T. - Movimento de Luta pela Terra, aos trancos e barrancos, segurou o trânsito da estrada da Colônia, após o Ponto Maneca, até as 1:30 da madrugada de domingo (07/07).

Manifestantes bloquearam a estrada desde 05/07,  deixando uma fila enorme de caminhões parados, dezenas carregados e outros vazios, naturalmente gerando enorme prejuízo para o poderoso conglomerado de empresas que exploram a produção de eucaliptos em nossa região.

O grupo formado por adultos, mulheres e crianças, acampou as margens da estrada, bloqueando-a fisicamente com um trator de pneus e moralmente com a força imposta pela necessidade de sobrevivência de cada um que luta por um lugar ao sol, onde possam sobreviver às custas do seu próprio e árduo trabalho no campo.

Segundo o  MLT, a terra ocupada e reivindicada é devoluta, ou seja, pertence ao Estado e, naturalmente, ao povo. O movimento está ocupando a área com autorização judicial mas não tomou posse legal definitiva. O que se propõe é uma decisão judicial definitiva que venha a beneficiar centenas de pessoas que sobrevivem da lida diária no campo.


Mais uma vez a história da FORMIGA E O ELEFANTE vem à tona, nesta versão de SEM TERRAS X LATIFUNDIÁRIOS. A lei do mais fraco forçando seu grito para que seja escutado contra o poderoso sistema financeiro que movimenta máquinas e mentes.

A produção de eucaliptos que domina quase todo o sul e extremo-sul da Bahia é apenas um reflexo do que vem acontecendo em todos os países considerados sub-desenvolvidos por se deixarem explorar por grupos empresariais poderosos que se instalam, com promessas de desenvolvimento, mas que na verdade só causa grandes danos a toda uma região.

Um artista de Eunápolis, conhecido em todo o país pela internet, fez uma música que traduz essa realidade. A música começa com a declamação de um velho, cansado de lutar contra os "lobos" que o expulsaram da terra e danificaram toda a sua família. Um mal irreparável que destrói aos poucos  a dignidade do homem do campo. Confiram a letra que é o retrato cantado e falado desse tema:


"O VELHO VAQUEIRO" (Música do Tigrão do Forró):


"Um dia eu estava num desses botecos da cidade quando me chegou um velho e me pediu que lhe pagasse um trago. 
Chamei o garçom e falei: Garçom, traga aí uma cachaça das boas, dose dupla, que eu vou brindar aqui com o meu amigo.
Me conta a sua história, meu velho"

E o velho retrucou:


"Minha história é muito curta. Eu nasci e me criei numa fazenda. Lá  me casei, criei famia. Um dia apareceu uma dessas firma grande, dessas que planta calipto e comprou as terra de todo mundo. Aí eu fiquei desempregado,  fui morar na cidade. Meu fio mais velho foi embora pra Sum Paulo. A fia mais nova, essa ta fazendo vida e o caçula ta usando essas porqueira que a juventude de hoje fica usando. Minha véia hoje lava roupa pra mode comprar as coisinha que falta e eu, cansado da vida, não posso mais trabaiar no pesado, tomo umas pinga para esquecer a tristeza."


Confira a música com a banda SWING LATINO:
https://soundcloud.com/swinglatino/o-velho-vaqueiro-swing-latino


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9 Comentários

  1. Ja ouvi essa música. Ela realmente conta a história da maioria dos homens do campo que foram expulsos de suas terras e trabalho

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  2. A lei precisa decidir logo isso, pois a terra é do povo

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  3. Dizem que a veracel trouxe progresso, mas acabou com a nosso agropecuária e destroi o solo

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  4. Emocionante a fala do velho. Tema interessante pra se pensar.

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  5. A veracel dominou tudo e os pequenos fazendeiros perderam espaço.

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  6. o país precisa de um governo sério que saiba resolver estas questões. Empresas com a veracel só pensa em lucro.

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  7. A veracel é poderosa, sempre consegue se dar bem. Os pequenos agricultores tem que se ajoelharem, rsssss
    e a música do link eh muito boa mesmo.

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  8. Não gosto muito dos sem terras, mas nesse caso torço por eles

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