Ao escolher novos nomes
para o Supremo, Bolsonaro tem uma oportunidade de ouro para fazer valer
suas ideias que o levaram ao Palácio do Planalto
Anote aí: no dia
primeiro de novembro de 2020 Bolsonaro, finalmente, vai assumir de fato o
comando da nação. Depois de quase intermináveis 30 anos de bons e maus
serviços prestados ao país, o decano Celso de Mello, vai ser obrigado a
abandonar uma das 11 cadeiras supremas do STF. Assim, o 5 a 6 de hoje
pode virar o 6 a 5 de um Brasil renovado, mais apropriado aos gritos das ruas.
Os tempos andam
estranhos, como gosta de reforçar o ministro Marco Aurélio de Mello, e nestes
tempos estranhos o STF tem tido um protagonismo absurdo em relação ao Executivo
e ao Legislativo, para desespero do cidadão comum que achou que o seu
voto poderia rachar a velha ordem.
As últimas decisões
do Supremo mostraram que isso não será tarefa fácil. Bolsonaro, no
entanto tem duas oportunidades de ouro para fazer valer as ideias e
propostas que o levaram ao Palácio do Planalto. Além de Celso de Mello, ele
também vai escolher o sucessor de Marco Aurélio em 12 de julho de 2021. O
placar pode, então, virar um confortável 7 a 4 para os que reclamam
por um Brasil menos corrupto.
Ah! Mas o Senado
precisa aprovar os indicados. Ok. Só que os senadores sempre chancelam os nomes
escolhidos. O máximo que pode acontecer é algum deles passar pelo
constrangimento de tropeçar no saber jurídico, como aconteceu com Rosa Weber,
massacrada pelo ex-senador Demóstenes Torres.
Ah! Mas os novos
ministros podem votar contra os interesses de Bolsonaro. Ok de novo. Fachin,
Barroso e Fux, por exemplo, foram escolhas de governos petistas. Resta ao
presidente da República, portanto, a indicação de ministros mais
alinhados com o seu pensamento.
Erra quem vê o
cenário atual como uma corrida de 100 metros. Está mais para uma maratona. Nos
próximos dias e semanas muita espuma ainda será produzida no quintal petista.
Passado o assanhamento pela soltura de Lula, a caneta vai continuar com
Bolsonaro, e cabe aqui um lembrete importante: se reeleito, ele ainda poderá
nomear os sucessores de Lewandowski (11de maio de 2023) e Rosa Weber (02 de
outubro de 2023).
Somando e
subtraindo tudo o que foi dito, o poder futuro estará nas mãos de Bolsonaro, o
restante é delírio do passado. (R7).
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Política