NOVIDADES NA PRAÇA
Estrutura simples imitando um casarão antigo |
Há aproximadamente um mês que percebi os transtornos causados por uma estranha cerca de ferro na Praça da Bandeira, final da Av. Porto Seguro. Trânsito constantemente congestionado, muito xingamento vindo dos motoristas, pedestres atrapalhados sem saber que direção tomar para evitar serem atropelados, comércio avacalhado pelo tapamento da visão pública (um posto de gasolina ao lado com certeza sofreu muitos transtornos com veículos tendo que passar dentro da sua área para fugirem do trânsito) etc. Por sorte não aconteceu nenhum acidente.
A praça ficou bonita, mas eu pergunto: - E daí?
Qual a finalidade dessa “presepada” toda. Vai beneficiar a quem? Quanto foi gasto com aquela estrutura? Estrutura? Ah, claro, a imitação de um casarão antigo chama a atenção. Uma miniatura de presépio num canto, uma cabaninha em outro, tudo isso numa praça pequena que não comporta um público de peso. Aliás, falando em público, essa praça nunca foi palco de grandes reuniões.
As comemorações do natal duram um ou dois dias, depois aquilo tudo vai pro lixo. Um lixo caro, diga-se de passagem. Os valores gastos ali com certeza fariam melhor efeito se fossem transformados em alimentos para a população carente. Alguém pode informar quanto realmente foi gasto?
O digníssimo prefeito poderia prestar atenção na minha opinião? Que tal construir naquela praça uma mini-concha acústica e disponibilizar todo fim de semana um som de pequeno porte para dar trabalho aos músicos eunapolitanos? Uns dois quiosques vendendo tira-gostos e bebidas e a felicidade seria geral, afinal a vida noturna de Eunápolis tem deixado muito a desejar e os músicos normalmente não tem emprego fixo.
Precisamos ter pensamentos mais úteis. O natal é um dia só mas a esperança do povo sofrido dura o ano inteiro.
Claro que tem muita gente dizendo que tudo aquilo é um grande feito. Tem até políticos tentando se beneficiar através de divulgações de fotos em redes sociais, mas acreditem, tem gente sem um centavo nos bolsos para se deslocar dos bairros periféricos até o centro.
Além dessas minhas palavras, o que me resta é desejar ao povo humilde de Deus um
Concordo em gênero, número, grau e até em decibeis. O que eu consigo vislumbrar alí é um circo armado onde deveremos nós, palhaços, perambular por dois ou três dias sem um centavo no bolso, vindo debaixo de chuva de bairros distantes, muitas vezes tentando esquecer a mãe acamada em casa que não conseguiu ser atendida na Rede Pública de Saúde. E para completar o quadro de conquista de partidários em campanhas vindouras, ainda nos resta engolir uma ACADEMIA DA SAÚDE na Praça do Gusmão... Aí eu pergunto: Onde eu encontro essa tal de SAÚDE???
ResponderExcluirNa verdade o que os políticos sempre quiseram foi se amostrar, aparecer. Festas são armas para isso.
ResponderExcluirA saúde tá uma bosta. Não temos UTI. O povo humilde da periferia sofre horrores com suas necessidades. /A segurança tá fragilizada com crimes horríveis todos os dias.