'SOU UMA HEROÍNA', DIZ
MULHER QUE LEVOU 14 FACADAS E ESCAPOU DE CRIME
Marido da vítima também
foi atingido, mas não resistiu aos ferimentos. Mulher fingiu estar morta para
se salvar; filhos presenciaram ação na BA.
"Consegui
escapar, sou uma heroína. Tenho muita sorte de estar aqui agora", disse,
nesta quinta-feira (31), Elineuza Costa, a mulher que se fingiu de morta para
escapar de um atentado na zona rural de Alcobaça, no sul da Bahia, quando levou
14 facadas. Ela ainda teve que pular de um carro em movimento para conseguir
fugir.
Segundo a
vítima, ela e o marido foram atacados na terça-feira (29), pelo dono da fazenda
onde o esposo trabalhava como vaqueiro. O suspeito do crime está foragido.
Ao pensar que
ambos estavam mortos, o suspeito os colocou na carroceria de uma caminhonete,
levando ainda os dois filhos do casal. O corpo do homem foi achado em uma
estrada próxima à Alcobaça. Já as crianças foram encontradas na tarde de
quarta-feira (30), em um abrigo de Teixeira de Freitas, cidade a cerca de 64 km
do local do crime.
Ainda
internada no hospital de Alcobaça, Elineuza relata como sobreviveu. "Como
eu estava lúcida, com a parte do corpo para baixo, eu achei que tinha essa
possibilidade de escapar, e foi o que eu fiz. Tentei e consegui", afirma.
"Perdi meu marido. Vou cuidar dos meus filhos, que agora só têm a mim, não
têm mais pai. Só têm a mim, que sou a mãe. E o resto só Deus", diz emocionada.
Segundo relato
de Elineuza, o suspeito teria cometido o crime por causa de dívidas
trabalhistas. Ela diz que o dono da fazenda não teria pago os serviços
prestados pelo marido dela.
De acordo com
a polícia, a primeira vítima do atentado foi o vaqueiro que, após ter sido
atingido por golpes de faca, foi morto a tiros pelo suspeito. Em seguida,
Elineuza foi esfaqueada mas, ao se fingir de morta, conseguiu enganar o
suspeito.
A mulher
relatou que após pular da caminhonete, se escondeu em um matagal e em seguida
pediu socorro a moradores da região.
Os familiares
do vaqueiro, que são do Espírito Santo, já estão em Alcobaça, mas de acordo com
a delegada responsável pelo caso, as crianças de dois e três anos permanecem no
Conselho Tutelar do município.



