Novo dispositivo promete unir mobilidade e prazer feminino, e
poderá também pode ser usado em ergométricas
Andar de bicicleta
pode trazer (ainda mais) prazer. É o que promete 'Annie': um dispositivo
vibratório que acaba de ser lançado e pode ser encaixado em qualquer banco de
bicicleta. O instrumento, que vibra em até sete ritmos diferentes, foi
idealizado, não como ferramenta sexual, mas como forma de empoderar as
mulheres.
A criação leva as
assinaturas da Brunna Rosa, dona do sexshop FluidLab, especialista em
"brinquedos sexuais" voltados para o prazer feminino, e da Gabriela
Sandoval, da marca Mala de Garupa, que cria compartimentos para bicicletas. "O
Annie é um objeto de recreação que tem um papel dentro do universo feminista
atual. Os brinquedos de sexshops utilizados pelas mulheres geralmente são
usados para dar prazer ao homem. O Annie foi pensado para dar prazer à
mulher", analisa Gabriela.
O vibrador de bike
tende a agradar dois grupos distintos de mulheres: as adeptas de produtos
de sexshop e aquelas que utilizam regularmente a bicicleta como forma
de mobilidade urbana. Para as idealizadoras do brinquedo, seria como unir o
útil ao agradável. O meio de transporte ao prazer sexual.
Perguntada sobre a
polêmica de desenvolver um acessório sexual para uso em local público, Gabriela
minimizou a questão e garantiu que usar o Annie é "uma forma de
naturalização da sexualidade feminina". "As mulheres estão se unindo
para se empoderar e colocar pra fora essa naturalização, além da luta pelas
questões de mobilidade", observa, insistindo em que é preciso romper as
paredes do quarto quando o assunto é sexualidade.
De acordo com as
empresárias, quem experimentou o aparato aprovou. A aceitação do produto pelo
mercado, no entanto, parece que vai enfrentar resistência que vai além dos
tabus a serem combatidos. Entre os comentários contrários ao produto, segundo a
idealizadora do brinquedo, algumas pessoas levantaram a hipótese de Annie ser
"perigoso" para o trânsito e um provável causador de acidentes. Para
pacificar o debate e não perder o cliente, Gabriela e Brunna rebatem:
"então, sugerimos que elas tentem usar em suas bicicletas ergométricas
(risos)", ou seja, de volta à privacidade das quatro paredes.
1 Comentários
A melhor parte é que esse brinquedo não tem problema com as consoantes... Na hora H ele atinge o ponto G... Com certeza!
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