APÓS MATAR A MÃE DURANTE
SURTO, FILHO PERGUNTOU À POLÍCIA SE ELA ESTAVA BEM
O
estudante Felipe Farina Garcia, suspeito de matar e esquartejar a mãe e de
ferir duas vizinhas na Zona Sul de São Paulo, perguntou aos policiais que
o interrogavam após o crime se a mãe estava bem. De acordo com a Polícia Civil,
a pergunta foi feita mais de uma vez durante o depoimento e, toda vez que era
respondida, o jovem começava a chorar.
CRIME
O estudante Felipe Farina
Garcia, de 25 anos, foi preso suspeito de matar a facadas a mãe, Suely Guerra
Farina, de 59, e ferir duas vizinhas no condomínio em que morava na Vila
Inglesa, Zona Sul de São Paulo, na terça.
Segundo o relato de
testemunhas à Polícia Civil, o jovem andava paranóico com questões religiosas e
se dizia Jesus Cristo. No apartamento dele, policiais militares encontraram um
pequeno cultivo de maconha.
O crime aconteceu por volta
das 9:00hs de terça-feira (23), na Rua Vicente Pereira de Assunção, uma travessa
da Avenida Yervant Kissajikian. De acordo com os depoimentos dos vizinhos
colhidos pela polícia, Suely e o filho viviam sozinhos e tinham um histórico
recente de brigas, desde que o estudante passou a demostrar um fanatismo
religioso.
Nesta terça, após uma discussão que começou a
partir de questões espirituais, Felipe atacou a mãe com uma faca. Suely ainda
conseguiu sair do apartamento e, aos gritos, correu em direção às escadas, mas
o filho, que dizia que ela estava possuída, a alcançou dois andares abaixo.
VIZINHAS
Três vizinhas ouviram o desespero de Suely e saíram de suas casas para ajudá-la. Em vão, segundo a polícia. O estudante esfaqueou a mãe na frente das vizinhas. Duas delas, que tentaram intervir, também foram atingidas com golpes de faca. A terceira conseguiu fugir e se trancou em um dos cômodos de seu apartamento.
Três vizinhas ouviram o desespero de Suely e saíram de suas casas para ajudá-la. Em vão, segundo a polícia. O estudante esfaqueou a mãe na frente das vizinhas. Duas delas, que tentaram intervir, também foram atingidas com golpes de faca. A terceira conseguiu fugir e se trancou em um dos cômodos de seu apartamento.
Outros vizinhos ouviram a confusão e chamaram
a Polícia Militar (PM). Segundo o boletim de ocorrência registrado no 43º DP,
Felipe permaneceu nas escadas do edifício depois dos crimes e foi detido lá
mesmo pelos policiais. O jovem teria resistido à prisão e entrado em luta
corporal com os PMs.
Interrogado na delegacia, o estudante não
soube explicar o motivo do ataque. Segundo a polícia, ele alegou que não se
lembrava de nada do que acabara de acontecer. Suely não resistiu aos ferimentos
e morreu ainda no local do crime. As duas vizinhas também atingidas foram
socorridas e encaminhadas a hospitais da região.
Felipe foi autuado em flagrante por homicídio
e pela tentativa dos outros dois assassinatos. O estudante também vai responder
pelo crime de tráfico, já que a PM apreendeu vasos com pés de maconha com o
equivalente a 102 gramas da droga no quarto dele.
O estudante Marco Hasckel foi colega de
classe de Felipe na universidade e conto que ele era um rapaz inteligente e
estudioso, mas que "andava estranho ultimamente". "Perdemos um
pouco o contato da faculdade, mas de vez em quando encontrava com ele correndo
pelo bairro. Tava meio apegado com esse negócio de Igreja, achando que todo mundo
era pecador. Uns amigos dele mais próximos falaram que ele dizia ser
Jesus", afirmou.
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