OS MAGISTRADOS, HOJE
APOSENTADOS, IRIAM RECEBER ENTRE R$ 25 A R$ 50 MILHÕES CADA UM

A propina, exigida desde 2012 para acelerar o julgamento
do caso e proferir decisão favorável, previa um pagamento de 5% do valor da
ação para cada desembargador, hoje aposentados. A estimativa do MP-BA é
que a família recebesse o pagamento de R$ 500 milhões, podendo chegar a R$ 1
bilhão. Os magistrados, então, receberiam de R$ 25 a R$ 50 milhões cada um.
"Uma desembargadora era a relatora desse caso. O
outro desembargador não atuava nessa demanda judicial. Mas, dada a proximidade
dele com a relatora, serviu de ponte para que pudesse ser feita a solicitação
da vantagem ilícita", explica o promotor de Justiça Luciano Taques, que
chefiou a investigação.

As investigações
culminaram em cinco conduções coercitivas na manhã desta terça-feira (4), para
colher depoimentos dos ex-desembargadores e de três advogados envolvidos. Os
cinco negaram as acusações. A Operação Leopoldo também cumpriu quatro mandados
de busca e apreensão nas casas dos investigados, nos bairros da Pituba, Stiep,
Campo Grande e Encontro das Águas, este último em Lauro de Freitas.
ENTENDA O CASO:

"As pessoas interessadas no julgamento
dessa causa buscaram contato com os desembargadores que poderiam de alguma
forma fazer com que o processo tivesse andamento e receberam desses
desembargadores a solicitação de uma vantagem indevida, ou seja, eles cobraram
uma propina pra poder julgar essa causa", conta Luciano Taques.
Taques
explica ainda porque o valor da ação é tão alto, entre R$ 500 mi e R$ 1 bi.
"Eram aqueles títulos muito antigos, cuja atualização monetária e correção
em juros levam a valores estratosféricos".
(Fonte: Correio 24 Horas)