SEGUNDO A MÃE, NAIARA FOI
CONFUNDIDA COM OUTRA PESSOA E EXECUTADA COM DOIS TIROS
Um caso que abalou a região de Eunápolis ainda irá
repercutir muito, pela violência dos fatos e por algumas verdades que foram mal
contadas pela mídia. Tudo aconteceu no final da noite de sábado, 06/05, no
distrito da Colônia, um vilarejo no município de Eunápolis, extremo sul da
Bahia.
Conforme foi contado pela maioria dos sites regionais,
inclusive pelo Bocão 64, uma quadrilha composta por no mínimo seis elementos
tocaram terror no vilarejo, disparando dezenas de tiros em um bar, atingindo
três pessoas. Até então foi descrito que os feridos foram vítimas de balas
perdidas, que uma das vítimas recebeu um tiro no ombro, outra vítima foi atingida na perna e uma
menina de 15 anos, foi baleada na cabeça, vindo a falecer horas depois, no
Hospital Regional de Eunápolis.
A verdade é que ninguém foi baleado na perna. Uma das vítimas
recebeu um tiro no abdômen, atingindo o rim, que precisou ser retirado. Essa
vítima ainda está hospitalizada. O jovem que recebeu o tiro no ombro foi
liberado rapidamente e já está em casa, se recuperando.
A VERSÃO (REAL) DA MÃE SOBRE O CRIME:
EXECUÇÃO!
Sobre a vítima fatal, Naiara Alves, nossa reportagem
ouviu a mãe e alguns parentes. Segundo a mãe, aproximadamente às 23:00 hs,
Naiara resolveu ir chamar o namorado e fez isso em companhia da mãe e da irmã
mais nova. Ao chegar na praça, ela teria percebido a presença de elementos
armados e pressentiu que haveria tiroteio, chamando a mãe para ir embora.
Quando os estampidos começaram, todos correram inclusive a mãe, segurando as
mãos das duas filhas. Em determinado momento, uma quadra depois da praça,
Naiara teria soltado a mão da mãe e correu em direção a uma rua transversal,
sendo perseguida por um dos elementos que efetuou vários disparos, como se esse
fosse um dos objetivos do bando, executando-a com dois tiros na cabeça.
Segundo a mãe, como Naiara não tinha nenhum problema com
alguém ou com a lei, os atiradores com certeza a confundiram com outra pessoa. "Não foi bala perdida. Minha filha foi executada”, disse a mãe.
Algumas pessoas relataram que, antes de efetuar os
disparos, os meliantes teriam percorrido as ruas, perguntando por alguém
conhecido como “Negão”, inclusive fazendo ameaças e apontando armas.
SEPULTAMENTO:
Aproximadamente às 19:00 hs do domingo, o corpo chegou à casa da mãe, na presença de centenas de pessoas, em apoio à família, impressionadas com tamanha brutalidade. A saída do corpo ao cemitério aconteceu aproximadamente às 13:00 hs desta segunda-feira, 08.
Absurdamente a Colônia não tem cemitério. O corpo foi
levado ao cemitério localizado na comunidade conhecida como Baixa Verde,
distante 11 km da Colônia. O sepultamento foi feito sob um clima de dor,
lágrimas, sofrimento e impotência, diante da violência brutal que assola nossa
região.
Antes da saída do corpo, houve uma carreata com buzinaço
pelas ruas da Colônia, pedindo paz e segurança. A vila tem um posto policial
que está abandonado há anos, tendo sido, inclusive, incendiado por vândalos há
tempos atrás.