ELA FOI INDEVIDAMENTE EMBARCADA
NUM ÔNIBUS, ANTES DA DATA RECOMENDADA PELOS MÉDICOS, COM AS FERIDAS ABERTAS E
PURULENTAS
Uma grave denúncia de maus tratos chegou à nossa
redação, por parte da Sra. Maria José da Silva Mendes, de 52 anos, moradora do
bairro Moisés Reis, em Eunápolis, extremo sul da Bahia, contra os proprietários
de uma “casa de apoio” em Salvador, nas pessoas do casal Flávia e Borges, onde
ela ficou “hospedada” após um procedimento médico, cujas despesas são pagas
pela prefeitura.
Dona Maria sofre de vários problemas de saúde,
inclusive “obesidade mórbida”, conforme relatório médico emitido pelo Núcleo de
Obesidade e Cirurgia Bariátrica Dr. Marcelo Zollinger, e, após acompanhamento
médico psicológico que já dura uns cinco anos, ela foi para Salvador através de
um pedido e procedimento feito pelo TFD (Tratamento Fora de Domicílio) de
Eunápolis.
Ela vinha sendo preparada com tratamentos para a
futura cirurgia, através do CEDEBA (Centro de Diabetes e Endocrinologia da
Bahia), em Salvador.
A paciente fez uma cirurgia bariátrica no dia 24/11/2014
no Hospital da Bahia e por recomendação médica, deveria passar 30 dias numa
Casa de Apoio, ou centro de repouso, lá em Salvador, para a recuperação, o que
surpreendentemente não aconteceu.
Segundo a denunciante, na cirurgia bariátrica, o
médico também teria retirado um pedaço do intestino que tinha um tumor e ela
então foi encaminhada à casa de apoio, mas, por motivos desconhecidos, 13 dias
depois, os donos da Casa de Apoio se recusaram a cuidar dela, embarcando-a
indevidamente num ônibus, sozinha, com destino a Eunápolis, apesar dos pontos
da cirurgia não estarem devidamente cicatrizados, inclusive com sangramento
abundante e expressiva secreção contínua de líquidos e pus, colocando em risco
a vida da mesma.
O estado da mulher era tão lamentável, que os
curativos no abdômen da mesma, de tão grandes, eram feitos usando uma fralda de
criança por baixo dos esparadrapos. Segundo relatos da mulher, (veja fotos e
vídeo), os curativos viviam ensopados de sangue. Durante o percurso de retorno
a Eunápolis, dentro do ônibus, foi um Deus nos acuda, onde ela tinha que ir
constantemente ao banheiro desconfortável para fazer suas necessidades e limpar
os curativos.
Essa viagem deveria ser feita conforme determinação
médica, em um veículo apropriado, não num ônibus, sem a mínima condição de
conforto, segurança e higiene e sozinha, já que a acompanhante da mesma veio
embora dias antes.
Ao chegar à Eunápolis, os parentes a receberam
na rodoviária e por alguns dias, os problemas dos curativos persistiram, com
sangramento e secreções diversas, até que a mesma foi medicada
convenientemente.
O casal Flávia e Borges, donos da Casa de Apoio,
recebem o pagamento pela estadia, bancado pela prefeitura de origem, ou seja,
neste caso, a prefeitura de Eunápolis é quem paga a despesas, segundo
informações da Dona Maria, tendo inclusive apresentado uma conta extremamente
alta, com valores aproximados a R$ 5 mil reais, por um período tão curto (13
dias).
Após essa denúncia pública, espera-se que sejam
tomadas as devidas providências por partes das pessoas ou autoridades
competentes. Apurações devem ser feitas para medidas cabíveis e também que
sirva de exemplo para coibir atitudes irresponsáveis futuras, que possam
colocar em risco, a vida de pessoas, que deviam ser devidamente respeitadas.


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