LOJAS FECHADAS TOMANDO
PREJUÍZOS E TRANSEUNTES SEM O DIREITO CONSTITUCIONAL DE IR E VIR
A polícia fez um
excelente trabalho na tarde da última terça-feira, 06, ao desativar os
explosivos deixados pelos assaltantes da Prosegur. Haviam riscos para a
população e apesar do perigo, policiais especializados cumpriram sua obrigação.
Nesta quarta-feira,
apesar de não haver mais riscos para transeuntes, os seguranças da empresa,
armados e com apoio de Guardas Municipais, bloquearam parcialmente a rua, mas no
período da tarde, o bloqueio foi desnecessariamente total, num ato de extrema
imposição, desacatando o direito primordial do ir e vir.
O correto seria
deixar uma guia de segurança, num lado da avenida, enquanto os serviços de
limpeza são feitos, entretanto, os transeuntes tiveram que dar uma volta no
quarteirão, para seguir seu caminho, uma completa falta de respeito e um ato de
extrema incompetência, afinal, pra que tanta segurança? Será que eles imaginam
que os bandidos serão malucos a ponto de dar as caras novamente em tão pouco
tempo?
Um dos seguranças
falou que recebeu ordens para isso. Ordens de quem? Só porque é uma empresa
rica, tem o direito de impor suas vontades? Essa cidade não tem comando? Até o
momento não vi nenhum representante do povo tomando as dores da população.
Nenhuma manifestaçãozinha de agrado para mostrar serviço. Onde estão nossos
vereadores? Qual o papel deles, nesse momento?
No período da manhã,
notamos uma mulher da defesa civil, fazendo seus serviços e ouvimos que havia
um pedido para isolamento total da área, ao mesmo tempo em que comerciantes se
queixavam dos prejuízos por não poderem vender seus produtos e serviços e da falta de atenção da empresa, que aparentemente estava mostrando pouca preocupação com ales, além
das queixas daqueles que tiveram seus imóveis danificados, preocupados com uma possível futura dor de cabeça para ressarcir seus prejuízos. A empresa é séria e com certeza deverá cumprir com suas obrigações.
Notamos um clima de
desrespeito no ar, principalmente com a imprensa que não pode se aproximar. As
pessoas envolvidas nos prejuízos materiais se sentiram menosprezadas e uma
dessas pessoas comentou que foi orientada a “procurar um bom advogado”. Outra queixa é que enquanto a Prosegur está fazendo suas reformas, nenhum profissional pode entrar na área para consertar os estragos nas lojas particulares, permanecendo com seus portões e portas "arrombadas", sujeito à invasões dos meliantes locais. Com que direito essa empresa pode impor a sua vontade?
Outra coisa que
chama a atenção é o fato dessa empresa se instalar numa área central, cercada
de moradias e lojas comerciais. Quem autorizou isso, sabia dos riscos inerentes.
Em toda a extensão do país, são vários os casos de assaltos ou tentativas,
resultando em destruições materiais, feridos e mortes. Existe algum motivo para
que nós, eunapolitanos, sejamos obrigados a correr tamanho risco? Alguém pode
imaginar a tragédia que seria se aquelas seis bombas que sobraram, tivessem
sido explodidas? Minha avó diria que isso é uma “tragédia anunciada”, só não vê
quem quer ser cego... ou burro.
Que as autoridades
se expressem e mostrem serviços, afinal, são pagas com nosso dinheiro para
exercerem suas profissões e responsabilidades. (Por: Carlos Rheiz, em 07-03-2018).
Escritório de Val Contador:
Residência onde havia um velório: