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O que é malária?
A
malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários
transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles.
Toda
pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de
malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou
mesmo nenhum sintoma. Porém, uma imunidade esterilizante, que confere total
proteção clínica, até hoje não foi observada. Caso não seja tratado
adequadamente, o indivíduo pode ser fonte de infecção por meses ou anos, de
acordo com a espécie parasitária.
No
Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica,
composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins. Na região extra-Amazônica, composta pelas demais
unidades federativas e o Distrito Federal, apesar das poucas notificações, a
doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma alta letalidade que
chega a ser 128 vezes (dado preliminar de 2019) maior que na região Amazônica.
A
malária não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de
transmitir a doença diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de
um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito
prego), infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos
são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer.
Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, porém em menor
quantidade.
IMPORTANTE:
A
malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito.
Entretanto, a doença pode evoluir para suas formas graves se não for
diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada.
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Os sintomas mais comuns da malária são:
- Febre alta;
- Calafrios;
- Tremores;
- Sudorese;
- Dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.
Muitas
pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem
náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
Quais são as complicações da malária?
A malária grave
caracteriza-se por um ou mais desses sinais e sintomas:
- Prostração;
- Alteração da consciência;
- Dispneia ou hiperventilação;
- Convulsões;
- Hipotensão arterial ou choque;
- Hemorragias;
- Entre outros.
As
gestantes, as crianças e as pessoas infectadas pela primeira vez estão sujeitas
a maior gravidade da doença, principalmente por infecções pelo P.
falciparum, que, se não tratadas adequadamente e em tempo hábil, podem ser
letais.
A prevenção da malária consiste no controle/eliminação do mosquito transmissor e pode se dar por meio de medidas individuais, tais como:
- Uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas;
- Roupas que protejam pernas e braços;
- Telas em portas e janela/
- Repelentes.
Medidas coletivas incluem drenagem de coleções de água, pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da moradia e das condições de trabalho, uso racional da terra.
Programas
coletivos de quimioprofilaxia não têm sido adotados devido à resistência do P.
falciparum à cloroquina e a outros antimaláricos e à toxicidade e custo mais
elevado de novas drogas. Porém, em situações especiais, como missões militares,
religiosas, diplomáticas, viagens de turismo e outras, em que haja deslocamento
para áreas maláricas dos continentes africano e asiático, recomenda-se entrar
antecipadamente, (idealmente um mês antes da viagem), em contato com os os
setores responsáveis pelo controle da malária, nas secretarias municipais e
estaduais de saúde, e do Ministério da Saúde. No Rio de Janeiro, o Instituto
Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz)
Qual a melhor forma de combater a malária?
Prevenção:
O controle do vetor, que é o mosquito, é a principal estratégia para reduzir a
transmissão da malária, além do fornecimento de medicamentos para as
infecções. É possível garantir proteção às comunidades com uma cobertura alta
dessa estratégia.
Nossos agradecimentos
ao Médico Dr. Pablo Loureiro, pela dica.
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