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Especialista da Pitágoras
explica funcionalidades de saque e troco do meio de pagamento e como isso
impacta negócios
Duas
novidades foram implementadas ao Pix no final de novembro: as funcionalidades
de saque e de troco, que permitem que brasileiros consigam sacar dinheiro vivo
em lojas e outros estabelecimentos comerciais, tal como em um caixa eletrônico.
As novas modalidades podem ser uma oportunidade para beneficiar empresários,
atrair clientes e alavancar negócios.
De
acordo com a contadora e professora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade
Pitágoras Maceió, Heliane Lopes, os empreendedores devem aproveitar a situação
para aumentar as vendas e apresentar seus produtos. “As novas funções permitem
aos clientes retirar dinheiro em mercados, padarias e diversos comércios. É a
chance de empresários expandirem os negócios”, afirma.
No
modo Pix Troco, o freguês informa ao vendedor que gostaria de receber troco em
dinheiro na compra de uma mercadoria – o total que aparece na nota do cliente é
a soma do produto comprado mais a quantia solicitada. Já com o Pix Saque, uma
pessoa pode visitar o estabelecimento que ofereça a modalidade e informar o
quanto quer sacar e, depois da autenticação de pagamento, recebe o valor em
espécie.
“Essas
novidades da ferramenta são ótimas oportunidades para os negócios menores, que
têm a chance de inovar seu empreendimento e aumentar a quantidade de vendas,
isso gera melhorias no fluxo de caixa”, explica Heliane. “Os comerciantes que
optarem por realizar os serviços recebem uma tarifa de R$ 0,25 a R$ 0,95, de
acordo com o Banco Central (BC), por cada operação. É um modo de incentivar o
serviço e ajudar nas finanças”, complementa.
A
especialista explica que o estabelecimento pode determinar o horário que vai
oferecer a função. “O dono do comércio pode escolher o período em que vai
disponibilizar o serviço. Pode ser, por exemplo, num horário com maior valor
acumulado no caixa. Dessa forma, já diminui os riscos de acumular grandes
quantias em caixa ou prejuízos maiores em roubos e assaltos”, pontua.
COMO ADERIR
Os
representantes comerciais já podem, desde o final de novembro, solicitar as funcionalidades
de Pix ao BC para serem agentes de saque e de troco. Para empresas que ainda
não tem cadastro para coberturas dessa modalidade, é preciso, primeiro, definir
em qual conta irá receber os pagamentos – mais de 700 instituições estão cadastradas,
incluindo bancos e cooperativas. O estabelecimento, então, deve se adequar para
disponibilizar o serviço (para oferecer um QR Code e Chave Pix aos clientes,
por exemplo).
Os
locais que trabalham com a funcionalidade estarão listados em uma plataforma de
geolocalização e qualquer pessoa pode verificar, no aplicativo dos bancos em
que tem conta, onde podem encontrar pontos de saques mais próximos.
O
Pix foi implementado em 2020 e seu uso aumenta a cada mês. Segundo o BC, mais
de R$ 502 bilhões foram movimentados no último mês de outubro e a quantidade de
operações já supera a maioria dos meios de pagamentos tradicionais.
Por: Juliete Neves /
Pitágoras