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Foto: Bocão 64 |
Tem muita gente endeusando a famosa
Lagoa do Dinah Borges, colocando a represa como um cartão postal de Eunápolis, afinal,
ela é cercada por muito verde, a área tem uma academia ao ar livre, uma pista para caminhadas onde poucas pessoas se arriscam pelo fato do isolamento,
lembrando que já aconteceu crime de morte no local, mas a verdade por trás do mito é completamente
diferente.
Para começar, para ser “cartão
postal” tinha que ser uma coisa grandiosa e principalmente, ser “cria da
natureza”. Na verdade, antigamente havia uma pequena quantidade de água represada e limpa, que escorria pelos vales, que foi ampliada para o tamanho atual a partir do momento em que
foi feita a rua que a margeia. A necessidade de criar uma “banca” para nivelar
a rua, fez com que as águas das chuvas se represassem no local, apesar de
algumas pessoas afirmarem que há nascentes no local e não podemos duvidar.
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Foto: Gabriel Mendes / Bocão 64 |
Para piorar a situação, a tal represa é um viveiro de todo tipo bactérias e de nojeiras, incluindo coliformes fecais e com quase certeza é um criadouro do Aedes aegypti. O local é
usado por pessoas em situação de vulnerabilidade, para fazer suas necessidades
físicas e até mesmo tomar banho naquelas águas imundas e acreditem, matar a
sede (eu já presenciei alguém tomando banho e gargarejando a água).
No passado, um ex-prefeito tentou
“esgotar” aquela imundície. Infelizmente algumas pessoas ligadas à política fizeram
movimentações contra, impedindo que as máquinas abrissem uma vala na rua. Em
termos de saúde pública, a ideia era maravilhosa. Retirava toda a água,
construiria uma passagem por baixo da rua e a cidade estaria livre daquela
imundície. As nascentes que existem no local continuariam e a água escoaria
naturalmente como sempre aconteceu.
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Foto: Gabriel Mendes / Bocão 64 |
Infelizmente, quando em épocas de
chuvas, os excessos descem pela pequena passagem, contaminando o chão por onde
passa e principalmente, contaminando o lençol freático de toda a região,
podendo prejudicar fazendeiros, sitiantes e animais.
Atualmente a represa tornou-se motivo de discórdia e de politicagem. Estamos em época de chuvas e tudo que é verde cresce e prolifera em qualquer lugar. A lagoa está cheia de vegetação específica. Vozes exaltadas e sem noção criticam a situação com cobranças indevidas pelo desconhecimento técnico, porque o importante é falar, falar e falar, como se não houvessem coisas mais importantes para se fazer pela cidade.
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Foto: Gabriel Mendes / Bocão 64 |
Cacetada da pêga
ResponderExcluirsinceramente nunca tinha pensado nisso
ResponderExcluirMatéria mentirosa.
ResponderExcluirQualquer jum que fosse jornalista, jornalista com o mínimo de esforço coheceria a a realidades e a história verdadeira da lagoa. Tanto que ele é uma APP.
APP, ou Área de Preservação Permanente. A área é isso, mas a lagoa não é natural. Antigamente a água de nascente escoava naturalmente, mas a represa foi formada com a construção da rua. Qualquer um que vive aqui há pelo menos 40 anos ou mais, sabe disso. Eu moro aqui há 60 anos e já andei muito naquela área, quando criança, com a molecada caçando preá, no tempo em que isso não era proibido.
ResponderExcluirRealmente, qualquer um com um mínimo de conhecimento sabe a verdade e a matéria citada relata nada mais que a realidade. A água que nasce lá formava um lago pequenino e corria pelas terras à frente. Após as obras do novo bairro, a pequena fonte d'água foi represada e ganhou volume com chuvas. Ler é até fácil, mas interpretar um texto é mais difícil. Quem conheceu a cidade nos seus primórdios pode compreender com clareza. Quem se arriscaria tomar um banho ali? rssss
ResponderExcluirO lugar eh bonito mais eh podre e perigoso principalmente a partir da tardezinha até amanhecer
ResponderExcluirEu estava lá quando o prefeito Gediel queria esgotar aquela podridão, mas juntou um monte de gente dos contra para mantê-la. A represa realmente não é "original", foi criada pelo homem.
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