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MULHERES NO PODER TENDEM A TRAZER 
MUDANÇAS BENÉFICAS PARA A SOCIEDADE


Mulheres no papel de chefes de Estado não são uma novidade. Argentina, Austrália, Alemanha e, claro, o Brasil, são apenas alguns dos países hoje liderados por mulheres. Mas será que essas mulheres levam, de fato, novos ares para o meio político? A socióloga e autora de obras feministas respeitadas como “Elogio da Diferença” e “Reengenharia do Tempo”, Rosiska Darcy de Oliveira, acredita que sim.




“Quando assume o poder, a mulher fatalmente muda as regras do jogo”, diz, antes de explicar por que pode demorar um pouco para que se tenha uma perspectiva clara disso: “a experiência dessas mulheres no poder é muito recente. É na base de tentativa e erro. Em um primeiro momento, a tendência é copiar o que vêm sendo feito, até que elas adquiramautonomia suficiente para promover mudanças”.
Para a socióloga, o fato de ter passado bom tempo sem participação efetiva no jogo político representa uma vantagem para a ala feminina. “Pelo fato de as mulheres terem sido menos expostas ao meio político, quando elas entram nesse jogo há uma expectativa de maior transparência”.
Cristina Kirchner - Argentina



Rosiska explica que as primeiras mulheres que chegaram ao poder, como Margareth Thatcher na Inglaterra dos anos 50, por exemplo, ainda não entendiam o que significava ser uma mulher no alto escalão político. “Elas achavam que para legitimar sua posição, era necessário imitar a forma como os homens agiam”, diz. Mas o caminho é outro. “A tendência hoje é justamente respeitar a mulher dentro da sua própria feminilidade”.


Ellen Johnson Sirleaf - Libéria
As mulheres representam um dos principais motores da economiaSe, no entanto, o estereótipo tradicional aponta para uma mulher que cuida das compras cotidianas e tem pouca voz em decisões que envolvam grandes quantias de dinheiro, este panorama está em vias de mudança. “As mulheres passaram a adquirir produtos antes voltados exclusivamente para os homens, como automóveis e seguros. Essas indústrias sempre foram muito voltadas ao homem”, diz Maddy.

Apesar de as empresas se apressarem para falar com este público crescente, segundo as autoras, boa parte das tentativas ainda falha ao optar por “caminhos fáceis” como apenas trocar a foto de um homem no anúncio por outra, de uma mulher, ou fazer campanhas que reforcem estereótipos. “Eles fazem muito do que eu chamo de ‘marketing rosa’, que é apenas dar ao produto uma ‘cara’ mais feminina, mais 'garotinha’”, diz. Ela ainda acrescenta: “as mulheres querem saber que a marca entende quem elas são”.


Michelle Bachelet  - Alemanha

Mulheres tendem a pesquisar mais antes de fazer grandes aquisições.
Quando elas crescem, eles também mudam

Os homens aprendem vendo as mulheres comprar. “Percebemos que os homens notam a maneira como as mulheres se comportam antes de fazer grandes aquisições”, diz Maddy. “Elas perguntam mais e pesquisam mais sobre o produto antes. Eles percebem que essas são boas atitudes e passam a fazer o mesmo”, complementa.
E quando elas assumem altos postos no mercado de trabalho, eles se beneficiam com um estilo de liderança que se preocupa com questões antes pouco abordadas, como um melhor aproveitamento do tempo e maior importância à via privada, algo historicamente importante para a mulher, a quem sempre coube o papel de cuidar da família.

“Ao irem para o mercado de trabalho, as mulheres perceberam que nesse mercado a vida privada era ignorada. A mulher, então, passa a se movimentar para que isso mude. É bom para o homem e para mulher”, diz Rosiska.
A socióloga ainda observa maior apreço feminino por questões como sustentabilidade, educação e saúde, características que também estaria ligadas a essa cultura feminina, construída ao longo de séculos de história.


Luisa Diogo, primeira ministra de Moçambique - 2004
O mundo, portanto, se torna um lugar melhor com uma maior participação feminina na sociedade? Para Rosiska, não há dúvidas. “Com certeza. Primeiro, porque a humanidade é feita de homens e mulheres, então a maior presença feminina é um avanço civilizatório. Segundo porque essa chegada não é algo apenas numérica, mas, sim, qualitativa. A mulher chega para acrescentar, para mostrar novas formas de pensar as coisas”.
Maddy concorda. "Se as mulheres estivessem substituindo os homens, o mundo não seria um lugar melhor. Com as mulheres trabalhando lado a lado com os homens, o mundo é, sim, muito melhor”, finaliza.
Ganhadoras do Prêmio Nobel da Paz - 2011 
MULHERES DA LIBÉRIA E LEMEN, DIVIDEM O PRÊMIO NOBEL DA PAZ EM 2011:

Da esquerda para a direita: Tawakul Karman, Leymar Roberta Gbowee e Ellen Johnson Sirleaf 

Existem outras dezenas de exemplos sobre o poder da mulher no comando de países, estados, cidades e regiões do mundo.




Em Eunápolis, Bahia, CORDÉLIA TORRES 

poderá ser a primeira mulher a governar o 

município. 





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