MENOR FOI ESPANCADO ATÉ A
MORTE PELOS OUTROS TRÊS QUE PARTICIPARAM DO CRIME EM CASTELO DO PIAUÍ
Um dos adolescentes
condenados por participar do estupro coletivo em Castelo do Piauí foi morto na
noite dessa quinta-feira dentro da cela do Centro Educacional Masculino (CEM),
em Teresina. Gleison Vieira da Silva, de 17 anos, foi espancado até a morte
dentro do alojamento para adolescentes infratores. A polícia acredita que o
motivo possa ser vingança, já que o jovem ajudou nas investigações e delatou os
colegas.
O crime foi assumido pelos
três menores que participaram do estupro coletivo e dividiam a cela com
Gleison. O adolescente chegou a ser socorrido por enfermeiros, mas não
resistiu.
Enquanto estavam no Centro
Educacional de Internação Provisória (Ceip), os acusados estavam isolados, cada
um em uma cela. Ao serem transferidos para o CEM, foram colocados todos juntos
numa cela, para não terem contato com os demais internos.
O diretor de atendimento
socioeducativo da Secretaria Estadual de Assistência Social e Cidadania (SASC),
Anderly Lopes, confirmou que Gleison foi vítima de espancamento, com socos e
chutes, até a morte. O caso dele foi semelhante ao de uma das menores vítimas
do estupro coletivo, já que teve afundamento de crânio e várias lesões.
"Os mesmos garotos que
participaram do ato infracional em Castelo do Piauí assumiram que foram os
responsáveis pela morte desse menor e sem nenhum remorso ou arrependimento. Se
mostraram frios e disseram que era um ato de vingança. Mataram com as próprias
mãos", informou Lopes, dizendo que eles serão transferidos de volta para
as celas individuais no centro provisório.
Os menores, com idades entre
15 e 17 anos, receberam pena máxima pelos crimes de estupro, homicídio e
tentativa de homicídio e cumprem três anos de medida socioeducativa.
CRIME EM CASTELO DO PIAUÍ
No dia 27 de maio deste ano,
quatro adolescentes, entre 15 e 17 anos, foram espancadas, apedrejadas,
estupradas, amarradas e jogadas de um penhasco de 10 metros de altura, por
quatro menores e um homem, identificado como Adão José de Sousa, de 40 anos. No
dia do crime, as garotas haviam ido ao local para tirar fotos para um trabalho
escolar. Lá, encontraram os cinco suspeitos consumindo drogas. Eles as capturaram
e deram início à tortura.
Uma das vítimas, a estudante
Danielly Rodrigues, de 17 anos, morreu em consequência das barbáries, do
politraumatismo - ela sobreviveu à queda, mas um dos menores tentou matá-la com
pedradas na cabeça, o que causou afundamento da face.
Sousa foi acusado de
comandar os quatro menores durante o crime. O processo contra ele está
tramitando em separado. O acusado está detido na Penitenciária de Altos,
aguardando julgamento. Ele ainda é acusado de um assalto a um posto de
combustível em Castelo, três dias antes dos estupros. O homem também já cumpriu
pena por homicídio e tráfico de drogas em São Paulo, onde ficou preso durante
15 anos.
De acordo com o Ministério
Público, ele pode ser condenado a penas somadas que podem chegar a 150 anos de
prisão. Mas a legislação brasileira determina o cumprimento de pena máxima de
30 anos.
CLIQUE >>AQUI<<
PARA CONFERIR A MATÉRIA SOBRE O CASO DO ESTUPRO.
0 Comentários