O COMETA E PODERÁ SER VISTO COM BINÓCULOS COMUNS E
OS VESTÍGIOS PODERÃO SER VISTOS A OLHO NU
Não
são todos os dias que nós temos a oportunidade de observar com facilidade a
aproximação de um cometa. Pois, de acordo com Kristen Bobst, do portal Mother
Nature Network, um desses astros está de passagem pela nossa vizinhança — e
poderá ser visto sem a necessidade de equipamentos ultrassensíveis e de
altíssima capacidade. Na verdade, quem souber onde procurar inclusive poderá
ver vestígios do objeto a olho nu!
Segundo
Kristen, se trata do Catalina, um cometa de duas caudas e com um diâmetro de
aproximadamente 20 quilômetros, descoberto em outubro de 2013. Na verdade, em
um primeiro momento, os cientistas pensaram que se tratava de um meteoro,
mas, após estudar o comportamento do astro com mais cuidado, eles chegaram à
conclusão de que o que eles estavam observando era um cometa.
VISITANTE:
O
cometa foi identificado pelo pessoal do programa Catalina Sky Survey, da NASA,
e os astrônomos estimam que ele tenha se formado há 4,6 bilhões de anos,
provavelmente na Nuvem de Oort — região do espaço que se encontra a
aproximadamente 1 ano-luz do Sol e cuja parte externa marca os limites do
sistema solar.
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Segundo
Joe Rao, do portal Space.com,
os astrônomos acreditam que esta é a primeira vez que o Catalina passa pelos
limites internos do sistema solar — e pode ser que esta também seja a sua
última passagem por aqui.
Os
astrônomos especulam que o cometa pode ter sido “arrastado” de sua órbita
original pelas forças gravitacionais de outros objetos no passado, o que lhe
conferiu uma órbita hiperbólica. Essa característica dá ao Catalina velocidade
suficiente para que ele possa “escapar” da atração gravitacional do Sol e
seguir viagem para fora do sistema solar — para nunca mais voltar.
DE OLHO NO CÉU:
O
Catalina vem sendo observado pelos astrônomos desde novembro do ano passado,
quando passou pelo ponto mais próximo do Sol, ou seja, ao se aproximar a pouco
mais de 120 milhões de quilômetros da estrela. Agora, no próximo domingo, dia
17 de janeiro, o astro deve fazer a sua maior aproximação com a Terra, passando
a apenas 108,5 milhões de quilômetros de nós — o que, em termos astronômicos, é
logo ali.
Segundo
a NASA,
para encontrar o Catalina, é necessário localizar o “Grande Carro”, ou seja, o
grupo formado pelas sete maiores estrelas da constelação Ursa Maior. O cometa
aparecerá por essa região do céu na forma de uma manchinha azul-esverdeada, que
é a cor de seu núcleo, e quem tiver um bom par de binóculos poderá distinguir
mais detalhes do astro, como as suas duas caudas.
Vale
lembrar que a poluição e o excesso de luzes — inclusive a da Lua — podem
interferir na observação. No entanto, considerando que esta pode ser a última
vez que o Catalina nos brinda com a sua visita, não custa torcer para que o céu
esteja limpo para vê-lo passar, você não acha?
FONTE(S) Mother Nature
Network/Kristen Bobst / Space.com/Joe Rao / NASA
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