O ATLETA ESTÁ SENDO BOMBARDEADO
POR COMENTÁRIOS DIVERSOS NAS REDES SOCIAIS
Um vídeo publicado na
noite de ontem na GloboPlay tem dado o que falar: nele, um cadeirante se
levanta e acaba caindo durante o revezamento da Tocha Olímpica. Não demorou
para que muitas pessoas comentassem o fato e questionassem a veracidade da
situação, a chamando de “milagre olímpico”.
O homem é João Paulo
Nascimento, de 25 anos, atleta paralímpico de basquetebol em cadeira de rodas.
Apesar disso, ele não é paraplégico, como muitas pessoas imaginaram. Ficou
confuso? A gente explica.
A modalidade começou a ser
praticada em 1945, nos Estados Unidos, pelos soldados que haviam se ferido na
Segunda Guerra Mundial. No Brasil, começou a se difundir a partir de 1958,
através de Sérgio Del Grande e Robson Sampaio, que retornaram de um programa de
reabilitação nos EUA e trouxeram a novidade.
Praticada por ambos os
sexos, esta variante do basquete funciona da seguinte maneira: a cada dois
toques na cadeira, o jogador deve quicar, passar ou arremessar a bola.
Como em qualquer esporte,
nem todos os jogadores são iguais e possuem as mesmas limitações, por isso cada
atleta é classificado de acordo com o seu comprometimento físico-motor. Uma
escala, de 1 a 4.5, vai categorizar a situação de cada participante – quanto
maior a deficiência, menor a pontuação. Ao todo, a pontuação máxima em
quadra não pode ultrapassar 14.
João Paulo não é
paraplégico, e isso fica muito claro ao ler qualquer entrevista com o atleta ou
ver suas fotos em redes sociais. O jovem praticava o esporte convencional, mas
uma sequência de problemas, combinados com um acidente em 2005, fez com que ele
entrasse na nova categoria.
O atleta possui Geno Valgo,
um desalinhamento nos membros inferiores em que os joelhos são forçados “para
dentro” e os pés, “para fora”. Como consequência, os indivíduos portadores dessa
característica possuem pernas com o formato “tesoura” ou “X”.
Isso explica toda a situação
do vídeo: apesar de ter força nas pernas, o jovem possui dificuldade de
locomoção e sua condição o integra ao time paraolímpico.
CONFIRA OS VÍDEOS:
A EXPLICAÇÃO DO ATLETA:
FONTE(S) - EXPRESSO BSR - BRASIL
2016 - RIO 2016 - EDUCAÇÃO FÍSICA
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