ELE PERAMBULOU PELAS MATAS POR SEIS DIAS, COM A POLÍCIA E A
POPULAÇÃO EM SEU ENCALÇO
Um caso que chocou a região e por que não, o
país inteiro? Um elemento demoníaco que, segundo relatos da mãe da criança, já
havia cometido dois estupros contra a mesma, em épocas diferentes. Ela não deu
queixa por medo das ameaças sofridas pelo seboso.
Conforme a mãe da criança, na madrugada do
último domingo, 18, o demoníaco mais uma vez decidira importunar a mulher, na
tentativa de mais um estupro. Ao perceber a presença do elemento, a mãe das
crianças mandou a própria filha de nove anos buscar socorro na casa de um algum
vizinho próximo, mas a mesma foi perseguida e a coitada da mulher foi obrigada
a interferir, correndo em socorro à menina, deixando uma bebê de quatro meses
dormindo com o irmãozinho de cinco anos, sozinhos na casa.
O endiabrado então desistiu da perseguição,
retornou à casa, sequestrou a criança mais nova e a estuprou em outro local. Em
seguida a abandonou numa estrada de terra, enrolada em uma coberta. Por sorte,
um caminhoneiro a encontrou, com forte hemorragia e ela foi socorrida ao
Hospital Regional de Eunápolis, onde passou por um procedimento cirúrgico e
está se recuperando.
Após a queixa da mãe da criança, a Polícia se
deslocou ao assentamento onde mora o maquiavélico e começou a interrogá-lo. Ao
ser pressionado o indivíduo deu um “ninja” e escafedeu-se pelo matagal. Desde
então, a polícia começou um trabalho minucioso de busca pela região. Obviamente
as condições financeiras do criminoso não permitiriam que o mesmo fugisse para
terras distantes, o que de certa forma facilitou as buscas. Era óbvio que o
mesmo estivesse na própria região.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais e
nos meios de comunicação e obviamente as buscas se intensificaram. A polícia
percorreu vários caminhos, pelas matas, a cavalo, pelos rios em barcos,
visitando fazendas, sítios, pedindo ajuda aos moradores.
Na tarde de hoje, sexta-feira, 23/02/2018, um vaqueiro de uma fazenda da região de Boca do Córrego, distrito de Belmonte, encontrou o facínora. Ele foi amarrado e levado até uma praça, onde a
população revoltada proferia seu ódio e nojo, em palavras cortantes, com a
evidente intenção de linchamento. Em seguida um motorista de um carro
particular decidiu levá-lo até a delegacia de Eunápolis, mas num trecho entre
Boca do Córrego e Sta. Maria Eterna, o carro foi cercado por populares
revoltados que queriam fazer justiça com as próprias mãos. Felizmente a polícia
chegou a tempo, evitando um final fatídico para o sujeito.
Entrevistado na Delegacia, ele disse que não se lembra de nada do que ocorreu, que estava bêbado, sugerindo que colocaram algo sua bebida. Disse também que nunca cometeu algo assim e que costumava “ficar” com a mãe da criança, mas as palavras dele soavam com a fragilidade de alguém tentando se justificar.
O que se passa na cabeça de um elemento desses
ao cometer um crime de tamanha maldade contra uma criança incapaz de defesa?
Agora ele será julgado e possivelmente condenado a um longo período de prisão,
mas o final não será tão facilmente imaginável, afinal, existem “leis paralelas”,
ilegais é claro, onde os colegas de cela tentarão em algum momento,
executá-las, de alguma forma.
Para nós do Bocão 64, essa história termina
aqui. Para o acusado, um longo caminho ainda será percorrido passando pelo
inquérito policial até o julgamento e consequentemente o cumprimento da sua
pena sob os olhares atentos dos outros detentos. Só Deus na causa. (Por
Carlos Rheiz).