Senadora
e ex-ministro são acusados de receber R$ 1 milhão para a campanha da
parlamentar, em 2010; PGR pede condenação dos investigados
A ação
penal da Operação Lava Jato contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e
seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, foi liberada para
julgamento nesta sexta-feira (8) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Celso de Mello. No processo, ambos são réus pelos crimes de corrupção e
lavagem de dinheiro.
Agora, cabe ao
presidente da Segunda Turma do STF, Ricardo Lewandowski, marcar a data do
julgamento de Gleisi Hoffmann . Celso de Mello é o revisor da ação
penal e, de acordo com regimento interno da Corte, cabe a ele liberar o
caso para julgamento após revisar o voto do relator, Edson Fachin.
Ao apresentar as
alegações finais no caso, em novembro do ano passado, a procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, pediu a condenação da senadora e de Paulo Bernardo. No
processo, ambos são acusados de receber R$ 1 milhão para a campanha da
senadora, em 2010.
Na manifestação,
última fase do processo antes da sentença, Dodge pede que Gleisi e seu marido
também sejam condenados ao pagamento de R$ 4 milhões de indenização aos cofres
públicos, valor quatro vezes maior do que o montante que teria sido desviado da
Petrobras.
Segundo depoimentos
de delatores na Operação Lava Jato , o valor da suposta propina paga
a Gleisi e Paulo Bernardo é oriundo de recursos desviados de contratos da
Petrobras. O casal foi citado nas delações do doleiro Alberto Youssef.
Defesa de Gleisi
Em documento
encaminhado ao Supremo Tribunal Federal durante a fase de defesa, os advogados
do casal afirmaram que as acusações são “meras conjecturas feitas às pressas”
em função de acordos de delação premiada.
“A requerida [senadora] jamais praticou
qualquer ato que pudesse ser caracterizado como ato ilícito, especialmente no
bojo do pleito eleitoral ao Senado Federal no ano de 2010, na medida em que
todas as suas contas de campanha foram declaradas e integralmente aprovadas
pela Justiça Eleitoral”, afirmou a defesa de Gleisi Hoffmann , na
ocasião. Com informações da Agência Brasil.
>FONTE: ÚLTIMO SEGUNDO<
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