Advogado de defesa do rapaz
disse que a audiência foi um verdadeiro teatro processual
O adolescente de 17
anos suspeito de participação no ataque a tiros na Escola Estadual Raul
Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, é considerado um dos mentores do
massacre e uma pessoa “fria” pelos investigadores. O jovem foi levado para uma
unidade da Fundação Casa na manhã desta terça, 19, após a Justiça aceitar
pedido de internação provisória apresentado pela promotoria.
Os investigadores
dizem estarem “convencidos” que o adolescente teria envolvimento no massacre e
atuado no planejamento do crime. Documentos obtidos
pelo 'Estado' mostram que o rapaz trocou mensagens com
professores e colegas logo após o ataque. Ao falar sobre o caso, ele afirma:
“nem cheguei a chorar”, e ri. O delegado não comentou o conteúdo das mensagens.
“Ele é uma pessoa
fria, com toda a certeza”, afirmou o delegado Alexandre Dias. “Ele foi mentor intelectual,
comprou objetos que poderiam fazer ele participar do delito e teve participação
junto dos autores na compra desses objetosm”, completou o delegado.
O jovem ficará
internado provisoriamente em uma unidade da Fundação Casa por 45 dias – prazo
em que o Judiciário dará uma resposta sobre o processo.
O promotor afirmou
ainda que o Ministério Público investiga pessoas que tenham exaltado o atentado
em Suzano pela internet. “Aqueles que tem exaltado atentados como em Columbine
(EUA) e em Suzano estão sendo monitorados e serão responsabilizados, pois
exaltação de um crime de forma pública é um crime”, afirmou Rafael do Val.
O delegado de Suzano,
Jaime Pimentel, que atua nas investigações afirmou que o celular encontrado na
casa do adolescente apreendido é roubado. As investigações apuram se o jovem
teria sido o autor do roubo do celular.
Laudo técnico afirma
que G.T.M. teria atirado na cabeça de Luiz Henrique de Castro, de 26 anos e em
seguida se matou, reforçando a teoria de ser o líder do ataque.
Irmã do terceiro jovem acusado de
participação foi reconhecida e poupada da matança:
Uma testemunha ouvida
pela polícia disse que o assassino Guilherme Taucci, de 17 anos, poupou a irmã
do terceiro suspeito durante o massacre na escola de Suzano, de acordo com informações
do UOL.
Segundo a reportagem,
o terceiro suspeito, que foi apreendido nesta terça-feira (19), disse por meio
de mensagens que Guilherme Taucci reconheceu sua irmã na escola e deixou a
jovem sair sem ser ferida.
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