A pedra ocupava quase 100%
da bexiga do paciente
Trata-se da maior
pedra vesical, formada no órgão, já registrada na literatura médica, segundo
diretor do hospital; cálculo ocupava quase 100% da bexiga
Uma pedra de 18 cm e
1,328 Kg foi retirada da bexiga de um lavrador de 51 anos em Jacobina, a cerca
de 350 km de Salvador, na Bahia, nesta segunda-feira (20).
Trata-se da maior
pedra vesical - formada na bexiga - já registrada na literatura médica, segundo
Everson Matt, diretor médico do Hospital Antônio Teixeira Sobrinho, onde
foi realizada a cirurgia de retirada do cálculo nesta segunda-feira (20).
"A segunda pedra maior do mundo foi registrada nos Estados Unidos. Ela
tinha 12 cm, porém apenas 700 gramas", afirma.
Segundo ele, que participou
da cirurgia com o urologista João Cleber Coutinho, a pedra ocupava quase a
totalidade da bexiga do paciente, cuja identidade ainda não foi revelada.
"Ao apalpar o pé da barriga, era possível sentir a pedra dentro da bexiga
dele", diz.
Ele explica que o
paciente, da cidade vizinha de Miguel Calmon, sentia dores na região há cerca
de 15 anos, mas só procurou por ajuda médica há cinco meses quando começou a
perder o controle da urina. "Ele não sentia mais o estímulo de urinar. Ela
saía de forma contínua", explica o médico. "O bloqueio da pedra já
tinha dilatado seus rins, que estavam sobrecarregados e paticamente
parados".
Um exame de ultrassom
apontou uma pedra vesical - na bexiga - de 10 cm. Outro exame de tomografia
confirmou. No entanto, no momento da cirurgia, ela se mostrou 8 cm maior.
"Tivemos que aumentar a incisão. E uma cirurgia que levaria 20 minutos
durou 1 hora e meia", conta.
A pedra vesical é um
cálculo formado na própria bexiga. Ocorre em decorrência da dificuldade do
esvaziamento do órgão e em homens com hiperplasia prostática (aumento da
próstata). Assim que diagnosticada, deve ser retirada para não provocar
complicações, como retenção urinária.
"A pedra
retirada é provavelmente composta de cálcio e sódio. Vamos solicitar ao paciente
que nos forneça o cálculo para que seja estudado e se torne tema de artigo
científico", afirma.
De acordo com Matt, o
paciente passa bem e deve ficar internado a pelo menos uma semana. (R7/SAÚDE).
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