As gêmeas Mel e Lis nasceram
grudadas e passaram por cirurgia aos 10 meses de idade; trata-se da 1ª operação
desse tipo em Brasília e 3ª no Brasil
As gêmeas siamesas
Mel e Lis, que comemoraram um ano neste sábado (1º), receberam alta
hospitalar nesta segunda-feira (3) do Hospital da Criança de Brasília José
Alencar (HCB). A alta ocorreu 36 dias após a cirurgia de separação dos crânios
- as meninas eram gêmeas craniópagas.
O neurocirurgião
Benício Oton, coordenador da equipe cirúrgica que comandou a separação das
meninas, afirmou em coletiva de imprensa da alta das gêmeas que a volta para
casa é resultado do trabalho em conjunto de uma equipe multiprofissional, do
planejamento para imprevistos que pudessem ocorrer na cirurgia e do auxílio de
profissionais renomados de outras localidades, inclusive de Nova York, nos
Estados Unidos.
“A alegria final foi
quando vimos as duas rindo na enfermaria. Quando uma criança sorri, quer dizer
que está salva, e os médicos ficam mais felizes", alegou o médico à
imprensa.
Durante a coletiva,
os pais das gêmeas, Camilla Vieira e Rodrigo Aragão, afirmaram que o momento em
que mais sentiram medo foi quando entregaram as filhas para a realização do
procedimento.
O neurocirurgião
afirma que, apesar da alta hospitalar, a volta para casa não significa que o
tratamento acabou, sendo necessário o acompanhamento com a equipe de cirurgia
plástica do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília.
Mel e Lis chegaram ao
hospital em agosto do ano passado, com apenas 2 meses de idade, para começar o
atendimento multidisciplinar, que incluia neurocirurgiões, anestesiologistas,
enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos e
nutricionistas.
A cirurgia de
separação das gêmeas ocorreu em abril deste ano, em uma cirurgia que durou
cerca de 20 horas e contou com mais de 50 profissionais. Esta foi a primeira
separação de gêmeas siamesas ligadas pelo crânio que ocorreu no Distrito
Federal e a terceira do Brasil.
A operação foi
realizada pela equipe do HC de Ribeirão Preto com a participação de cirurgiões
do Montefiore Medical Center, em Nova York, referência em operações desse tipo (Saúde/R7).
PUBLICIDADE:
0 Comentários