Agnaldo Timóteo em estúdio da Barra Funda, em março - Foto: Divulgação |
Cantor, uma das vozes
mais conhecidas da música romântica brasileira estava internado desde o dia 17
de março. Médicos acreditam que o artista de 84 anos contraiu o coronavírus no
intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina.
O
cantor Agnaldo Timóteo, uma das vozes mais conhecidas da música romântica
brasileira, não resistiu às complicações decorrentes da Covid-19 e morreu neste
sábado (3) no Rio. Ele tinha 84 anos.
O
cantor iniciou a carreira na década de 1960 e se consolidou com canções
românticas. Na política, teve mandatos como deputado federal e vereador em São
Paulo e no Rio de Janeiro.
Agnaldo
estava internado
desde o dia 17 de março na UTI do Hospital Casa São Bernardo, na Zona
Oeste do Rio. Médicos acreditam que o artista de 84 anos contraiu o coronavírus
no intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina.
No
último dia 27, Agnaldo precisou
ser intubado para "ser tratado de forma mais segura" contra
a doença, segundo a família.
"É
com imenso pesar que comunicamos o FALECIMENTO do nosso querido e amado Agnaldo
Timóteo. Agnaldo Timóteo não resistiu as complicações decorrentes do COVID-19 e
faleceu hoje às 10:45 horas. Temos a convicção que Timóteo deu o seu Melhor
para vencer essa batalha e a venceu! Agnaldo Timóteo viverá eternamente em
nossos corações! A família agradece todo o apoio e profissionalismo da Rede
Hospital Casa São Bernardo nessa batalha", disse a família, em nota.
Trajetória
Agnaldo
Timóteo Pereira, mais conhecido como Agnaldo Timóteo, nasceu em Caratinga, no
interior de Minas Gerais, em 16 de outubro de 1936.
Apaixonado
por música desde cedo, se apresentava em circos itinerantes que chegavam à
cidade.
Timóteo
passou a cantar em programas de calouro em rádios de Caratinga, Governador
Valadares e Belo Horizonte. Ele conciliava as apresentações com o trabalho de
torneiro mecânico. Em Minas, interpretava canções de Cauby Peixoto e ficou
conhecido como “Cauby mineiro”.
Na
década de 1960, se mudou para o Rio de Janeiro atrás de oportunidades na música
e começou a trabalhar como motorista da cantora Ângela Maria.
Timóteo
gravou seu primeiro disco após indicação da cantora em 1961, mas demorou a
estourar.
A
projeção veio após participação no programa de Jair de Taumaturgo na TV Rio,
quando ganhou todos os prêmios do programa e foi contratado pela gravadora
EMI-Odeon.
Com
o LP "Surge um Astro", emplacou o hit "Mamãe" (versão de
"La Mamma", de Charles Aznavour) e passou a participar do programa
“Jovem Guarda”. O início da carreira foi todo focado em versões de sucessos
internacionais.
Com
o álbum “Obrigado Querida”, lançado em 1967, alcançou o primeiro lugar nas
gravadoras do país e seu primeiro grande hit foi “Meu grito”, canção de Roberto
Carlos.
A
partir de então, se consolida como cantor romântico e lança outros sucessos
como “Ave-Maria”, “Verdes campos” e “A galeria do amor”. Agnaldo Timóteo gravou
mais de 50 discos, alternando entre o romântico e o brega.
Agnaldo Timóteo - Foto: Acervo Grupo Globo
Trajetória política
Timóteo
iniciou sua atuação como político em 1982, quando foi eleito deputado federal
no Rio de Janeiro pelo PDT.
Durante
o mandato, brigou com Leonel Brizola e transferiu-se para o extinto PDS.
Candidatou-se
ao governo do Estado em 1986, mas foi derrotado por Moreira Franco.
Foi
reeleito deputado federal em 1994, e renunciou dois anos depois para assumir
como vereador na cidade do Rio de Janeiro.
Em 2005, assumiu como vereador em São Paulo pelo Partido Progressista, e foi reeleito em 2008.
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