Terceiro Seminário será em Porto Seguro
A
Secretaria da Educação do Estado (SEC), juntamente com o Centro de
Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getúlio
Vargas (DGPE/FGV), está realizando seminários regionais com a participação de
professores da Educação Indígenas para a construção das Diretrizes Curriculares
da Educação Escolar Indígena da Bahia.
O
primeiro encontro começou nesta segunda-feira (07/06) e prossegue até o dia 10,
na Aldeia Acuípe de Baixo, em Ilhéus, no Sul baiano, respeitando todos os
protocolos de segurança.
Com
a participação de 66 professores indígenas das etnias Pataxó, Pataxó Há Hã Hãe
e Tupinambá, a atividade está buscando diagnosticar as demandas educacionais
dos povos indígenas e planejar ações para o atendimento das demandas
educacionais associadas às políticas identitárias e culturais próprias de cada
povo indígena.
Representante
da Coordenação da Educação Escolar Indígena da SEC, Larissa Raiara Cruz,
explicou que as atividades têm o objetivo de dialogar e analisar aspectos
norteadores, constitutivos, metodológicos e legais da Educação Escolar Indígena
para a construção das suas diretrizes curriculares.
“Estes
seminários são um marco histórico para a Educação Indígena da Bahia. A
construção das diretrizes, que servirá de base curricular para as escolas
indígenas, é uma conquista que os povos indígenas vêm lutando há muito tempo e
representa o seu protagonismo e a execução de uma educação específica,
diferenciada e de qualidade”.
SANTA
CRUZ CABRÁLIA
Atuando
na Educação Indígena há dez anos, a professora Naima Costa Castro Silva, do
Colégio Estadual Indígena Coroa Vermelha, no município de Santa Cruz Cabrália,
falou sobre a importância do seminário para a comunidade escolar indígena.
“Este momento representa o indígena pensando e construindo a educação a partir
do anseio de seu povo, contemplando as diversas comunidades e suas
especificidades”, opinou a educadora da etnia Pataxó.
Professora
indígena há 21 anos, Rita de Cássia Gomes Chaves relatou a experiência de
participar do seminário, representando o Colégio Estadual Indígena Tupinambá de
Olivença, no município de Olivença. “A construção do nosso currículo escolar
nos traz uma grande vantagem que é sermos protagonistas de nossa própria
educação. Nossa busca é por uma educação dinâmica, comunitária e de qualidade e
que possamos dar a nossa cara na Educação Indígena da Bahia”.
EDUCAÇÃO INDÍGENA
Os
seminários terão carga horária de 40 horas cada, totalizando 120 horas e a
participação de 180 professores das escolas indígenas. O segundo seminário será
realizado de 14 a 17 de junho, no município de Paulo Afonso, com a participação
de 63 professores das etnias Pataxó, Pataxó Há Hã Hãe e Tupinambá.
E
o terceiro seminário vai acontecer em Porto Seguro, com 50 professores das
etnias Tuxá, Pankararé, Tumbalalá,kaimbé, Kantaruré, Kariri-Xocó,Truka-Tupãn,
Payayá, Xucuru-Kariri, Tuxi e Kiriri. Atualmente, na Bahia, a Educação Indígena
é exercida em 103 espaços escolares e 48 salas anexas e contempla 6.961
estudantes de 15 etnias que habitam em 130 comunidades indígenas.
FONTE: BLOG DA ROSE MARIE - Fotos:
Ajayô Filmes
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