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Ler
notícias virtualmente, acessar redes sociais e aplicativos diversos, mexer no
Pacote Office e fazer compras online são algumas atividades comuns no dia a dia
de muitos jovens e adolescentes. Mas, a verdade é que grande parte da terceira
idade também está ativa nesta parcela da população considerada conectada. E com
a pandemia do novo coronavírus, esses hábitos se tornaram exacerbados,
principalmente por conta do isolamento social. Tal mudança de comportamento, no
entanto, pode desencadear problemas diversos, inclusive os oculares, e no caso
dos idosos, os cuidados devem ser redobrados.
De
acordo com o médico oftalmologista Dr. Rogério Vidal, a
população idosa, naturalmente, já é mais afetada por problemas visuais, pois
suas estruturas oculares sofrem numerosos danos com o passar do tempo,
sobretudo a partir dos 40 anos. Então, é muito comum surgirem sinais de que a
visão já não está mais como antes. Ou seja, a pessoa passa a se esforçar mais
para ler, a visão começa a ficar embaçada e cansada, dentre tantos outros
desconfortos.
“Então,
se você une esse desgaste natural com o fato de ficarmos muito tempo conectados
e paralisados em telas como computador, celular, tablet e televisão,
ocorre uma sobrecarga ocular. As queixas mais comuns em todas as faixas etárias
são vermelhidão, coceira, lacrimejamento e ardência, que se
relacionam com o olho seco, devido à redução do piscar associada a ambientes
mais ressecados por ar-condicionado ou ventiladores. Além disso, o uso
excessivo de tecnologias pode ter relação com o aumento dos casos de miopia
(dificuldade de enxergar de longe)”, detalha o médico, enfatizando
que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, mais da metade da
população mundial deve desenvolver o problema.
Recomendações:
A
principal dica do especialista é que o indivíduo faça descansos
visuais, fazendo pausas de cinco a dez minutos a cada uma hora. Outra
sugestão é, a cada 20 minutos, retirar os olhos da tela e focar em objetos mais
distantes por 20 segundos. Outras alternativas são tentar estabelecer um
distanciamento de 30 centímetros da tela, adaptar o contraste
dos equipamentos eletrônicos, ter cuidado com a luminosidade do
ambiente sem forçar os olhos no escuro e ingerir líquidos com
frequência.
“Ter
uma noite de sono de, pelo menos, oito horas é fundamental para haver a
lubrificação ocular. Além disso, não podemos esquecer que o uso de colírios só
deve ocorrer sob prescrição médica e que, para cada idade, existe uma
recomendação específica. Havendo qualquer sintoma persistente, o ideal é
procurar um oftalmologista de imediato. No caso dos idosos, a ida ao
oftalmologista deve acontecer com mais frequência”, conclui Dr. Rogério
Vidal.
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