Preocupado com a manutenção de uma
greve de professores que já dura quase 180 dias, o presidente da Câmara de
Vereadores de Eunápolis, Jorge Maécio (Progressistas), apelou para a nova
secretária de Educação de Eunápolis, Telma Andrade, recém nomeada, para que
abra um canal de diálogo entre o Executivo e a categoria, com a participação da
Câmara de Vereadores.
O presidente passou a condução da
Mesa para o vice-presidente, Renato Bromochenkel (Avante), e falou durante o
grande expediente na manhã desta quinta-feira (06/10). O parlamentar reiterou
que “busca por um diálogo equilibrado junto à Prefeitura porque a paralisação
está chegando a um nível insustentável e também porque o legislativo sofre a
pressão para que a situação se normalize”.
“A Câmara fez seu papel, dentro do
que era possível, não fugimos da nossa responsabilidade, mas eu quero pedir à
nova secretária a abertura do diálogo, pois há limites naquilo que o vereador
pode fazer”. Relatou ainda que “os pais, as mães, os estudantes e os
professores estão clamando para que a negociação aconteça, para que nossa
educação se restabeleça e que nosso IDEB não continue caindo.” Apelou.
A despeito de nunca ter sido
convidado para as negociações, como vereador ou como representante do Poder
Legislativo local, Jorge Maécio fez questão de colocar a instituição a
disposição das partes. “A mensagem que eu passo ao poder Executivo é que possa
convidar a Câmara para participar dessas ações que são de extrema importância
para a educação, para os cidadãos eunapolitanos, os professores, os alunos e
seus pais”.
Maécio frisou que não abriu
críticas às partes envolvidas, mas que busca chegar à participação construtiva
de todos, objetivo este que é mais urgente, segundo ele, do que pintar escolas
ou qualquer outra ação da nova secretária de Educação.
“Isso aqui é um pedido. A
secretária está chegando com sangue novo e tenho certeza que a professora Telma
Andrade é muito habilidosa e terá competência para resolver esse impasse”.
DIÁLOGO
O presidente disse que tem esperanças de que a Câmara de Vereadores possa se constituir um canal de diálogo para intermediar as negociações, mesmo após serem judicializadas. “A greve precisa ser solucionada e encerrada e isso só vai acontecer se realmente todo mundo se dispuser a sentar, conversar e resolver o problema o mais rápido possível para destravar este processo que não é bom, não está repercutido bem e precisa ser resolvido o mais rápido possível”. Vaticinou.
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