Cultura, tradição e resistência no novo single de Milton Guerreiro


Já em todas as plataformas digitais o novo single de Milton Guerreiro: “Vai na Boa”. Considerado uma voz na resistência no forró, celebrando 30 anos de carreira o músico, cantor e compositor se mantém fiel às raízes do pé de serra e resiste às tendências do mercado da música, sem a busca do sucesso efêmero.

A nova canção “Vai na Boa”, é um xote que busca mostrar a importância da reflexão sobre o que realmente importa na vida humana. Essa música fala da elevação do espírito a um grau de compreensão que nos possibilita desapegar de amenidades e focar no que realmente vale a pena. Segundo o poeta, ”o forró pé de serra é valorizado quando usamos o recurso da poesia para formatar um pensamento lógico”.

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Nesse novo xote de Milton Guerreiro, a sanfona foi usada com a suavidade e sonoridade nordestina que nos remete aos grandes mestres como Dominguinhos e Sivuca. Do mesmo modo, observa-se a grande performance do instrumentista Léo Pernambuco, que captou a essência da composição na medida exata do que o autor quis expressar.

 


TRADIÇÃO E RESISTÊNCIA

A música do forró pé-de-serra, com a sanfona, zabumba e triângulo, é um elemento central da cultura e tradição do Nordeste brasileiro, representando um bastião de resistência contra a diluição em estilos mais modernos. A resistência se manifesta na preservação dos ritmos ancestrais como o baião, xote e xaxado, nas raízes históricas e culturais locais, e na valorização de artistas que se dedicam a manter a sonoridade original do forró tradicional, apesar da predominância do forró eletrônico na indústria cultural.

Ligado à cultura popular, o multifacetado Milton Guerreiro, que além de Fotógrafo e Diretor Legislativo da Câmara de Eunápolis é também um poeta, apaixonado pela música nordestina, evidenciando, em suas letras, como as tradições do São João perseveram.

Na Bahia, onde construiu sua identidade artística com músicas autorais, Guerreiro é um dos representantes mais longevos do forró pé de serra e ainda hoje ele confronta as tendências do mercado com a mesma identidade artística do início da carreira, inspirada na figura de Luiz Gonzaga e na cultura nordestina como um todo.

 

Fonte: Texto: Rose Marie Galvão – Imagens: Divulgação

Bocão 64

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