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| Vereador Raimundo Porrola Jr. |
O vereador Raimundo Porrola Jr.
(PSD) solicitou ao município que realize o levantamento estatístico com vistas
ao Censo Rural ou Censo Agropecuário de Eunápolis com objetivo obter
informações da estrutura e produção das atividades e unidades agropecuária das
propriedades rurais locais. O parlamentar justifica que esta ferramenta “é
essencial para o planejamento e avaliação de políticas públicas, a alocação de
investimentos, o estudo da economia e do emprego no campo, e a criação de
indicadores ambientais com vistas ao melhor emprego dos recursos públicos”.
A indicação do vereador, aprovada
em sessão ordinária pela Câmara Municipal, é procedente à medida que o
levantamento estatístico mais recente e detalhado sobre a estrutura e produção
agropecuária de Eunápolis é o Censo Agropecuário de 2017, realizado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, quase 10 anos
de defasagem.
O Censo, quando atualizado, será
capaz de oferecer ao usuário tabelas personalizadas com variáveis específicas
como por exemplo, número de estabelecimentos agropecuários; área total dos
estabelecimentos (em hectares); principais culturas temporárias e permanentes
cultivadas (produção, área plantada e colhida); efetivo dos rebanhos (bovinos,
aves, etc.); condição legal do produtor e tipo de exploração (familiar,
patronal), dentre outros.
A partir da década de 1990, o
município de Eunápolis teve sua economia impulsionada pelo desenvolvimento
gerado pela indústria de celulose que se instalou na região naquela época.
Todavia, o avanço da monocultura do eucalipto implicou em uma mudança no padrão
do uso e ocupação da terra, promovendo a especialização produtiva em torno do
complexo industrial celulósico.
Com a expansão de áreas destinadas
ao cultivo de eucalipto associada com a sua produção altamente mecanizada,
houve uma maior migração do campo para cidade, o que culminou numa grande
transformação socioespacial nos municípios da região.
Assim como outros municípios do
Extremo Sul da Bahia, Eunápolis não se preparou para receber este novo ciclo
econômico que, por um lado trouxe profissionais capacitados de outros centros e
inseriu novas tecnologias, consolidando e integrando o município na economia
mundial, “mas por outro, estimulou a migração, inchando a periferia das cidades
e contribuindo para a intensificação de problemas sociais”, como demonstrou o
vereador.




