CONTADORA DE YOUSSEFF FALA
EM "MALAS DE DINHEIRO"
Meire Poza, que administrava a contabilidade do doleiro Alberto Yousseff, alvo principal da Operação Lava-Jato, revela, em entrevista à revista Veja, que ele fazia a ponte entre grandes empreiteiras e políticos, atuando no financiamento de campanhas políticas: "eram malas e malas de dinheiro", diz ela, que decidiu colaborar com a Polícia Federal. Na reportagem, ela cita André Vargas (sem partido-PR), Luiz Argôlo (PP-BA), que seria o mais próximo ao doleiro, e Cândido Vaccarezza (PT-SP), que teria tentado realizar negócios com fundos de pensão.
9 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 06:53:
A reportagem de capa da revista Veja deste fim de
semana pode colocar mais lenha na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. O
foco é uma entrevista com a contadora Meire Poza, que trabalhava para o doleiro
Alberto Yousseff, preso na ação dos policiais.
Em seu depoimento ao jornalista Robson Bonin, Meire
revela que Yousseff, conhecido como Beto, fazia a ponte entre as empreiteiras e
seus amigos ou aliados na política.
Entre os grupos empresariais, ela cita
Camargo Corrêa, OAS e Mendes Júnior. Entre os políticos, os nomes que despontam
são os do deputado André Vargas (sem partido-PR), Luiz Argôlo (PPP-BA) e
Cândido Vaccarezza (PT-SP).
"O Beto era um banco de dinheiro ruim", diz
ela. "As empreiteiras acertavam com os políticos e ele entrava para fazer
o trabalho sujo, levando e trazendo dinheiro, sacando e depositando".
Meire Poza também diz já tê-lo visto transportando "malas e malas de
dinheiro".
No entanto, a reportagem não cita quem seriam os
beneficiários.
Sobre André Vargas, ela menciona apenas o voo de Londrina à
Paraíba, num jato de Yousseff, que pode custar o mandato do parlamentar.
Sobre
Vaccarezza, diz que ele tentou realizar negócios com fundos de pensão e
empresas do doleiro. O parlamentar mais próximo a Yousseff seria mesmo Argôlo,
sócio do doleiro na área da construção civil.
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