A OPÇÃO DE PEDIDO DE
IMPEACHMENT FOI DESCARTADA DEVIDO A POSSIBILIDADE DE SER ARQUIVADO
Sem respaldo legal e apoio político para um pedido de impeachment,
partidos de oposição seguiram o PSDB e anunciaram nesta quinta-feira, 21/05, a
decisão de pedir a abertura de uma ação penal contra a presidente Dilma
Rousseff.
Ao receber parecer sobre viabilidade jurídica, encomendado pelo
partido ao jurista Miguel Reale Júnior, os tucanos desistiram de bancar o
pedido de impeachment.
Os líderes oposicionistas se reuniram no gabinete do senador Aécio
Neves e decidiram levar, na terça-feira, 26/05, o pedido de abertura de
investigação às Procuradoria-Geral da República, com o argumento de que Dilma
cometeu, no primeiro mandato, crime comum com a prática das chamadas “pedaladas”:
manobras fiscais com o uso dos bancos oficiais.
“A ação conjunta das oposições reforça o movimento que busca
reparar os enormes danos que os governos do PT vêm causando ao país”, disse
Aécio Neves. Embora a palavra impeachment deixe de ser usada, a oposição
pretende afastar Dilma do cargo de presidente, optando pela via do crime comum.
Com isso, a decisão sobre o futuro da ação passa a ser do procurador Janot e
não do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“É muito difícil que o
procurador-geral não atenda a esta proposta”, disse Aécio. “Se entrássemos
simplesmente com um pedido de impeachment, ele poderia ser arquivado aqui [no
Congresso], como dezenas de outros. Prefiro a cautela, a consistência das
informações porque elas nos darão mais segurança enquanto aguardamos novos
desdobramentos, novos fatos que se sucedem a cada dia.”
Havendo a autorização da Câmara, Dilma terá de se afastar do cargo
por 180 dias, exatamente como ocorre no caso do processo de impeachment. Com
uma diferença: em vez de ser submetida ao juízo do Senado Federal, como
ocorreria no impeachment, Dilma seria julgada pelo STF.
A escolha da terça-feira como dia da formalização do processo não
foi casual. No dia seguinte, quarta-feira (27), chega a Brasília a caravana do
grupo Movimento Brasil Livre. Prevê-se a realização de uma manifestação
defronte do Congresso Nacional. “Vamos estender o tapete vermelho para
recebê-los”, disse Cásssio Cunha Lima.
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