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Pastora sabia que os filhos eram abusados, diz juiz que determinou a prisão

Juliana Sales Alves foi presa nesta quarta-feira (20), em Minas Gerais. O marido, o pastor George Alves, está preso por estuprar, agredir e colocar fogo no filho e no enteado vivos
A decisão judicial que determinou a prisão preventiva de Juliana Sales revelou que a mãe dos irmãos mortos em Linhares tinha conhecimento dos abusos sexuais sofridos pelos filhos. O juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, revela que Juliana não tomou qualquer medida para pôr fim aos abusos.

O magistrado relata que a quebra do sigilo telefônico do casal revelou troca de fotos das crianças feridas. A mãe sabia que os filhos sofriam violência física e psicológica e não tomou providências.

Ainda segundo o juiz, o pastor Georgeval Alves, que era líder uma igreja evangélica em parceria com a esposa, buscava ascensão religiosa e aumento da arrecadação de dízimos e por isso ceifou a vida dos menores Kauã e Joaquim para se utilizar da tragédia em seu favor.

Prisão
O mandado de prisão por homicídio qualificado foi cumprido pela Polícia Civil de Minas, na última quarta-feira, 20. No momento da prisão, Juliana Sales estava na casa de um pastor, em Teófilo Otoni.

Juliana é mãe de Joaquim e Kauã, mortos carbonizados em um incêndio na residência onde moravam, em Linhares, no dia 21 de abril deste ano. Georgeval é suspeito de molestar, agredir e atear fogo nos meninos, ainda vivos, segundo o inquérito policial. Ele foi preso dias depois da tragédia.

Ambos estão presos por homicídio qualificado. O advogado criminalista Rivelino Amaral disse que, com base no mandado, o Ministério Publico percebeu indícios de uma possível participação de Juliana Salles na morte dos filhos. Inicialmente, a Polícia Civil do Espírito Santo descartou qualquer participação de Juliana no caso. 






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