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Siamesas unidas pela cabeça passam por 3ª cirurgia de separação em Ribeirão Preto

Gêmeas de 2 anos, serão submetidas a mais duas cirurgias, até a separação total em novembro
As gêmeas siamesas Maria Ysabelle e Maria Ysadora, de 2 anos, que são unidas pelo topo da cabeça, passam pela terceira cirurgia de separação no Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto (SP) neste sábado (3). A operação deve durar oito horas e envolve cerca de 30 profissionais de diferentes áreas.

Estão previstas cinco etapas até a separação total, que deve acontecer em novembro deste ano. A família, que é de Patacas, distrito de Aquiraz (CE), está morando temporariamente no campus da USP, já que não são recomendadas viagens durante o processo de separação.
Molde em acrílico dos crânios das siamesas foi desenvolvido nos Estados Unidos (Foto: Chico Escolano/EPTV)
O procedimento inédito no Brasil está sendo realizado pela equipe comandada pelo professor chefe do Departamento de Neurocirurgia Pediátrica, Hélio Machado, e que conta com o cirurgião norte-americano James Goodrich, referência mundial no assunto.

Goodrich viajou dos Estados Unidos para Ribeirão, onde chegou nesta sexta-feira (3). Também integrante do grupo de especialistas, o neurocirurgião Eduardo Jucá afirma que a terceira operação é uma continuação das outras duas, realizadas em fevereiro e maio desse ano.

“Em cada uma dessas três primeiras etapas, ocorre a separação de veias, artérias e do cérebro. Mas, elas continuam unidas pelo crânio. Depois de veias e o cérebro separados, na quarta etapa, é que haverá a separação real, de corpos”, explica.

Segundo o neurocirurgião, as gêmeas devem ser totalmente separadas em novembro, quando ocorrerá a cirurgia mais complexa de todas. As irmãs tem boa saúde e estão se recuperando bem, o que dá otimismo à equipe médica.
Antes da última etapa, as siamesas devem passar por uma operação intermediária, realizada pela equipe de cirurgia plástica, em que serão implantados expansores de pele, com o intuito de garantir a cobertura do crânio ao final da separação.
Molde de plástico mostra tamanho real das gêmeas siamesas em Ribeirão Preto (Foto: Rodolfo Tiengo/G1)

Trajetória
Pai das siamesas, Diego Freitas Farias contou que a mulher teve acompanhamento médico normal, mas somente no oitavo mês, os médicos confirmaram que as irmãs estavam unidas pela cabeça, mas tinham cérebros independentes, o que permitiria a separação dos corpos após o nascimento, mas que seriam necessárias diversas cirurgias. Em cada uma delas, os médicos iriam abrir uma parte diferente do crânio e separar os vasos sanguíneos interligados.

A primeira operação ocorreu em 17 de fevereiro e durou cerca de sete horas. A segunda cirurgia, em 19 de maio, teve duração de oito horas. Segundo os médicos, as meninas se alimentam, respiram, se comunicam e têm desenvolvimento normal, como qualquer criança da idade delas. 
Segunda etapa da separação das siamesas unidas pela cabeça aconteceu em maio em Ribeirão Preto (Foto: Hospital das Clínicas/Divulgação)


Informações do G1 / Texto adaptado por Carlos Rheiz

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