Especialista recomenda
que mulheres durmam sem calcinha e deixem "a vulva respirar"
para prevenir a infecção
Apesar de afetar
mulheres como um todo em qualquer fase da vida, a candidíase pode causar mais
preocupação quando se manifesta em mulheres grávidas. Caracterizada por coceira
intensa, corrimento anormal, vermelhidão e inchaço, a candidíase é uma infecção
causada pela colonização desequilibrada do fungo Cândida.
"Esse fungo faz
parte da flora natural do nosso organismo. Tem no intestino, esôfago, boca,
estômago e na mucosa vaginal, onde é mais prevalente", explica a
ginecologista Bel Saide. Por ser um lugar escuro, abafado e úmido, a vagina é
propícia para o crescimento de fungos. Para prevenir a infecção, ela recomenda
que mulheres durmam sem calcinha e deixem "a vulva respirar".
A alimentação rica em
açúcar e carboidratos, o desequilíbrio do PH e a queda de imunidade podem
causar a infecção no corpo da mulher. Para isso, Bel indica atenção redobrada
em momentos de estresse, cansaço, desordem emocional e uso de antibióticos.
Qual a relação entre candidíase e gravidez?
"A gravidez
aumenta os riscos da candidíase porque há uma certa redução de células de defesa
na vagina da grávida e modificação na composição química, tornando o ambiente
ideal para proliferação", explica a ginecologista Maika Kondo. No entanto,
apesar de acometer a grávida, a infecção não apresenta qualquer risco ao feto,
já que ele está protegido pela bolsa amniótica.
O tratamento para
mulheres grávidas segue as mesmas diretrizes do tradicional, porém com
restrições a alguns tipos de medicamentos. "O tratamento para candidíase é
feito com a melhora da alimentação, como redução de carboidratos e aumento da
ingestão de alimentos que fortalecem a imunidade, como alho, iogurte natural e
limão", descreve Maika. A ginecologista pontua também o uso de comprimidos
e pomadas vaginais e, em alguns casos, suplementos para aumentar as células de
defesa.
Além da vagina
A candidíase pode se
manifestar, além da vagina, na boca, esôfago, pele e outros locais do corpo. A
baixa imunidade favorece a multiplicação excessiva de fungos, o que gera os
sintomas mais intensos. Os riscos aumentam ainda mais quando há excesso de
carboidratos na alimentação, uso de antibióticos e corticoides, diabetes e
gravidez.
Em bebês e crianças,
a infecção se manifesta principalmente na boca, com o chamado
"sapinho". A candidíase na mama ocorre em lactantes, isto é, em
mulheres que estão produzindo leite e amamentando. Ela pode ser transmitida ao
bebê por meio do seio, mas não apresenta riscos elevados. (R7).
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