Ex-ministro e ex-deputado
se tornaram réus depois que a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em malas
e caixas em um apartamento em Salvador
A Segunda Turma do
Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (22) condenar o
ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) e o ex-deputado federal Lúcio
Vieira Lima (MDB-BA) pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação
criminosa.
A condenação está
relacionada ao caso dos R$ 51 milhões encontrados em malas de
dinheiro e caixas em um apartamento em Salvador em 2017.
Os ministros decidiram
pelas seguintes penas:
Geddel Vieira Lima
- 14 anos e 10 meses de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro e
associação criminosa e 106 dias-multa (para cada dia são 15 salários mínimos da
época do fato, 2017). Considerando salário de R$ 937 da época, a multa seria de
cerca de R$ 1,5 milhão em valores a serem corrigidos.
Lúcio Vieira Lima - 10
anos e 6 meses de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro e associação
criminosa e 60 dias-multa (cerca de R$ 840 mil em valores a serem corrigidos).
A Segunda Turma
decidiu que Geddel Vieira Lima segue preso até o julgamento dos recursos
possíveis. Lúcio Vieira Lima continua a responder o processo em liberdade.
Os ministros também
decidiram impor uma multa de reparação por danos morais à sociedade de R$ 52
milhões. Geddel segue preso e Lúcio em liberdade.
Ministro nos
governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer, Geddel
está preso desde setembro de 2017 no presídio da Papuda, em Brasília.
De acordo com a
pena imposta pelo Supremo, Geddel Vieira Lima teria direito à progressão de
regime após 29 meses de prisão – daqui a cinco meses. Mas a progressão também
leva em conta se ele teve bom comportamento – isso será avaliado pela Vara de
Execuções Penais. (G1).
Pessoas comuns não
podem nem pensam em roubar um pote de margarina de um supermercado...
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