Vídeo feito com
celular mostra dois homens agredindo violentamente uma travesti na cidade de
Suzano
Um vídeo feito com
um celular mostra dois homens agredindo violentamente uma travesti na rua
Benedito Faria Marques Filho, esquina com a Timóteo Umbriaco, na região central
da cidade. O espancamento aconteceu há uma semana, no sábado de Carnaval.
A travesti Ana
Corolina Leal, de 26 anos, conversou com a Agência Record na madrugada deste
domingo (01) e contou como aconteceu a agressão covarde e bárbara.
Ela disse que
estava indo no mercado e foi hostilizada por dois homens que estavam
conversando em frente a uma farmácia. Diante das provocações dos rapazes, a
travesti disse que também os xingou, mas seguiu adiante e entrou no mercadinho.
Na volta, ao passar
novamente em frente à farmácia, os dois homens começaram a destratá-la
novamente. Ela respondeu aos xingamentos, mas foi atacada.
O vídeo mostra um
homem a segurando, enquanto outro, maior, desfere diversos golpes no corpo da
travesti com um porrete.
Ela é violentamente
espancada no meio da rua diante do movimento de carros e pedestres, que nada
fazem para socorrer a jovem.
A travesti afirmou
que os agressores só pararam de bater quando já estavam cansados e ela
praticamente desfalecida no asfalto.
Uma amiga de Carol,
que mora perto do local da agressão, a socorreu e a levou para casa. De lá elas
ligaram para a polícia, que chegou ao local depois que os agressores já tinham
desaparecido.
A travesti
espancada sofreu ferimentos severos nas costas, na cabeça, nas pernas nos
braços e disse que ficou sem andar por quase uma semana. Ela relatou que não
foi ao hospital por estar sem documentos e que as amigas fizeram curativos e
lhe deram remédios para amenizar as dores no corpo.
Carol declarou que
não conhecia os dois homens que a agrediram, mas sabe que eles são amigos do
dono da farmácia, pois viu os três conversando quando passou em frente ao
estabelecimento.
A vítima disse que
não fez boletim de ocorrência porque acredita que a polícia não respeita os
transexuais e não iria investigar o caso com profissionalismo.
A Agência Record
entrou em contato com a Polícia Militar, que informou que: “recebeu um chamado
para o local, mas quando a equipe chegou não encontrou nada. Em seguida uma
testemunha ligou novamente e avisou os policiais que tinha socorrido a vítima
ao hospital. A viatura retornou e orientou sobre o registro do boletim de
ocorrência na delegacia. Os policiais elaboraram um BO PM. Denúncias podem ser
feitas para Corregedoria da instituição para devida apuração.”
A Polícia Civil de
Suzano confirmou que a vítima não apresentou boletim de ocorrência e por isso
não há investigação em curso. (R7).
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