Especialistas em segurança
alertam para fato de que empresa dona do app pode ser obrigada pelo governo
chinês a coletar informações de usuários
Com um número de
usuários que gira na casa das centenas de milhões, o aplicativo de vídeos
TikTok se tornou um dos maiores fenômenos da internet nos últimos anos. O
alcance e a popularidade do app, no entanto, causam preocupações para governos
e especialistas em segurança digital.
O app pertence à
empresa chinesa ByteDance, que foi fundada pelo bilionário Zhang Yiming. Antes
de lançar o TikTok fora da China, ele lançou no país o app Douyin, com
funções bastante parecidas, mas altamente censurado e regulamentado pelo
governo local.
A ByteDance afirma
que mantém seus servidores nos EUA e os backups em Cingapura, mas o problema é
que, por lei, empresas como essa devem cooperar com o governo chinês se for
solicitado.
Fora de serviço
Por conta disso,
setores estratégicos ao redor do mundo, como o Exército dos EUA e as Forças de
Defesa da Austrália proibiram o uso do aplicativo nos celulares de todos os
seus soldados e oficiais, numa tentativa de limitar um possível acesso aos
dispositivos e seus dados por parte do governo chinês.
"Até o momento,
não há provas de que autoridades chinesas tenham censurado ou vigiado o TikTok
fora do seu território. Mas não é seguro prever que isso não possa acontecer no
futuro", escreveu o jornalista norte-americano Nick Frisch em um artigo
para o jornal New York Times.
Processo nos EUA
Em dezembro, foi
aberto um processo nos EUA contra o Tik Tok e a ByteDance, alegando que o
aplicativo "transferiu para servidores na China imensas quantidades de
dados privados e pessoais (...) que podem ser usados para identificar e
localizar usuários nos EUA agora e no futuro".
Segundo a ação,
movida por uma estudante da Califórnia, o aplicativo copiou e enviou para dois
servidores na China até mesmo os vídeos salvos em rascunho, que não foram
publicados na rede social. A empresa não respondeu, segundo o jornal
inglês The Independent.
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