O
Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda principal causa de morte e a
terceira de incapacidade no mundo. A informação é de relatório da Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Recentemente, Tom
Veiga foi encontrado sem vida em casa e a causa da sua morte, segundo
a Época, foi 'hemorragia intracraniana por rotura de aneurisma cerebral'.
Ou seja, o icônico intérprete do Louro José, que tinha 47 anos, sofreu um AVC
hemorrágico.
Mas
você sabia que também existe a variação do AVC Isquêmico?
Aliás,
como identificar os sintomas desses dois tipos de derrame, que podem ser
confundidos facilmente com outras condições?
Conheça
os sinais dessa doença silenciosa:
Doença perigosa
Mas o que é o AVC?
Rapidez
Diagnóstico
Rosto
Braços
A
pessoa sente fraqueza nos braços? Peça à pessoa para levantar os dois braços.
Um deles está mais baixo que o outro ou não consegue levantar? Fique em alerta.
Fala
Peça
para a pessoa dizer uma frase simples. Fala com dificuldade? A linguagem é
lenta, arrastada ou de forma estranha?
Tempo
De
acordo com o ASA, se alguém apresentar algum desses sintomas, mesmo que
desapareçam, ligue para a emergência e informe que pode ser um AVC. A ajuda
será enviada imediatamente.
Tempo para socorro
O
tempo é importante, reforça a entidade, que ressalta ainda que a ajuda deve ser
pedida com urgência, mesmo se não tiver certeza de que os sintomas são de um
AVC.
Informe os sintomas
Na
ligação à emergência, informe os sintomas que apareceram a quem atender o
telefonema.
Outros sinais
A
organização revela que outros sintomas podem aparecer separadamente, em
combinação ou com sinais do F.A.S.T.
Desorientação
A
pessoa sente uma confusão súbita, dificuldade em falar ou entender o discurso?
Dormência no corpo?
Outros
sintomas que podem aparecer é o adormecimento repentino ou fraqueza no rosto,
braço ou perna. Especialmente em um lado do corpo.
Como está a visão?
A
pessoa sente problemas inesperados em um ou ambos os olhos?
Tonturas
Problemas
ao andar, tonturas, perda de equilíbrio ou coordenação motora podem ser outros
sintomas de derrame.
Enxaqueca
Dor
de cabeça muito intensa e sem causa conhecida.
Tipos de AVC
Há
duas variações do derrame: o AVC Isquêmico e o AVC hemorrágico.
AVC Isquêmico
Esse
é tipo de AVC mais comum na população, atingindo cerca de 80% dos pacientes.
Essa variação do derrame se dá pela falta do fluxo sanguíneo para o cérebro.
Subtipo do AVC Isquêmico
Dentro
dessa variação de derrame, há ainda o Ataque Isquêmico Transitório (AIT), que
se caracteriza por entupimento passageiro em um dos vasos sanguíneos.
Fatores de risco para o AVC Isquêmico
Alguns
comportamentos e quadros clínicos podem contribuir para esse tipo de derrame
como hipertensão arterial, obesidade, alto nível de colesterol, histórico
familiar de doenças cardíacas ou diabetes, uso abusivo de bebidas
alcoólicas e o hábito de fumar.
AVC Hemorrágico
Esse
tipo de AVC é o menos comum. Ocorre quando há uma ruptura de um vaso sanguíneo
localizado dentro do cérebro do paciente.
Causas do AVC Hemorrágico
A
principal causa desse tipo de derrame é a hipertensão arterial, que
enfraquece as artérias do cérebro, tornando-as mais suscetíveis à ruptura.
Fatores de risco AVC Hemorrágico
Hábitos
não-saudáveis como estar acima do peso ou ser obeso, consumo exagerado de
álcool, fumar, sedentarismo e estresse são fatores de risco AVC Hemorrágico.
Grupos mais afetados
Os
casos de AVC são mais comuns em adultos com mais de 65 anos.
Grupos mais afetados
A gravidez
e o uso de anticoncepcionais podem aumentar o risco da doença nas
mulheres.
Diagnóstico preciso
No
exame clínico, o médico irá fazer perguntas sobre os sintomas que o paciente
vem tendo e verificar se continuam. Também vai querer saber sobre os
medicamentos que o paciente toma, bem como o histórico familiar de doenças
cardíacas e AVC.
Exame clínico
O
médico irá examinar alguns sinais como a pressão arterial e os batimentos
cardíacos. Ele também poderá examinar os olhos.
Outros exames
Através
de um exame de sangue, é possível identificar o tempo de coagulação do
sangue, bem como a taxa de açúcar presente nele e se os componentes químicos do
sangue estão desequilibrados.
Outros exames
O
médico poderá requisitar uma ressonância magnética e uma tomografia
computadorizada.
Outros exames
Uma
angiografia do cérebro mostra artérias do cérebro e do pescoço e constatará se
há algum tipo de alteração. Com ultrassom da carótida, é possível verificar no
interior das artérias se há acúmulo de placas gordurosas e se o fluxo de sangue
está normal ou não.
Ecocardiograma
Através
desse exame, o médico poderá ver imagens minuciosas do
coração. O eletrocardiograma mostra se há alguma fonte de coágulo no órgão
e que possa, eventualmente, ter se deslocado até o cérebro, causando o AVC.
Tratamento para AVC Isquêmico
O procedimento
emergencial com medicamentos aumenta a chance de sobrevivência e pode
reduzir a ocorrência de eventuais complicações. Dependendo do caso, o médico
pode recorrer a medicamentos injetados diretamente no cérebro ou a intervenções
cirúrgicas.
Tratamento para AVC Hemorrágico
O
procedimento emergencial consiste no uso de medicamentos para baixar a pressão
intracraniana, a pressão arterial e também para prevenir vasoespasmo e
convulsões. O médico poderá ainda fazer cirurgia para reparar os vasos sanguíneos.
Sequelas
Um
derrame pode trazer complicações temporárias ou permanentes, que vai depender
da sua intensidade e de quanto tempo o cérebro ficou sem receber oxigênio. A
boa notícia é que algumas sequelas podem ser revertidas com programas de recuperação
e reabilitação.
Paralisia ou perda do movimento
Parte
do corpo pode ficar imóvel após um caso de AVC. Os músculos mais afetados,
geralmente, são os do rosto e os dos braços.
Dificuldade em conversar ou engolir
Um
AVC pode causar danos aos músculos em torno da boca e da garganta.
Memória
Muitas
pessoas que sofreram AVC acabam perdendo parte da memória ou têm dificuldade em
pensar. Em alguns casos, os pacientes reclamam de dor, dormência ou outras
sensações estranhas nas partes afetadas pela doença.
Mudanças no comportamento
Alguns
pacientes ficam retraídos e antissociais, muitas vezes, por ficaram
dependentes de outras pessoas para tarefas diárias simples, como beber um
copo d’água. O AVC é uma das principais causas de demência e depressão.
Trombose Venosa Profunda (TVP)
Vítimas
de um AVC também estão mais suscetíveis a sofrerem uma
trombose no futuro. Isso se deve ao fato de um coágulo de sangue se formar
em sua perna. Costuma afetar mais as pessoas que perderam os movimentos.
Recuperação e reabilitação
Pessoas que sobreviveram a um AVC precisam de suporte e
tratamentos auxiliares a longo prazo: fisioterapia, terapia ocupacional,
fonoaudiologia e psicólogo são alguns deles.
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