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Campanha Junho Violeta é dedicada à prevenção e conscientização acerca do problema
Em
tempos de pandemia, orienta-se não colocar as mãos no rosto para evitar um
possível contágio, mas quando um cisco cai nos olhos ou surge uma sensação de
coceira, a reação mais comum é a de esfregar a região atingida para diminuir o
incômodo. Esse hábito, que parece inofensivo, pode não somente tornar os olhos
uma porta de entrada para o novo coronavírus e outros microrganismos, como ser
um dos fatores causais do ceratocone, doença que é o tema da campanha Junho
Violeta, promovida por profissionais da saúde. A estimativa é que esta doença
degenerativa atinja um a cada dois mil indivíduos, sendo que no Brasil, de
acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, cerca de 150 mil pessoas
convivem com o problema.
O
ceratocone é uma enfermidade não inflamatória que afeta a córnea, a camada fina
e transparente situada na região anterior do globo ocular. Trata-se de uma
doença que deforma essa estrutura, fazendo com que ela afine, aumente sua
curvatura e fique com o formato de um cone. Essa alteração na curvatura impede
a projeção de imagens nítidas na retina e pode promover o desenvolvimento de
grau elevado de astigmatismo irregular, muitas vezes não corrigido apenas com
os óculos.
O
ceratocone pode causar ainda visão embaçada, imagens "fantasmas",
visão dupla, dor de cabeça, sensibilidade à luz e coceira. Embora os sintomas
possam ser semelhantes aos de outros problemas que acometem os olhos, Dr.
Bernardo Almeida, oftalmologista do DayHORC, empresa do Grupo Opty, explica que
a piora na qualidade da visão pode ser mais rápida, fazendo com que o paciente
troque de óculos e lentes com mais frequência. “É muito importante que, nesse
momento em que vivemos, os pacientes diagnosticados com ceratocone não deixem
de seguir o tratamento e continuem com o acompanhamento regular. Pessoas que
sentem incômodos e redução da visão devem consultar um oftalmologista para
identificar se esta pode ser a causa”, afirma o médico.
Causas e diagnóstico
Apesar
de consideráveis pesquisas, a causa do ceratocone ainda é incerta. Várias fontes
propõem que o ceratocone surge de diferentes fatores, dentre estes o genético,
o bioquímico, o biomecânico ou o ambiental, sendo que qualquer um deles pode
gerar o gatilho para o início da doença. “Há muitos indícios de que o hábito de
coçar os olhos seja um fator muito importante para desencadear o início do
problema, pois é muito comum a associação de pacientes com este hábito,
especialmente durante as crises de rinite alérgica. Dormir pressionando os
olhos também pode estar associado com o surgimento do ceratocone em alguns
casos. A doença, que costuma aparecer na adolescência e pode progredir até os
45 anos, geralmente ocorre em ambos os olhos, mas pode ser também unilateral”,
comenta o oftalmologista.
Ainda
de acordo com Dr. Bernardo Almeida, o diagnóstico pode ser feito pelo exame
clínico ou por meio de avaliações da córnea, como topografia computadorizada
(estudo da curvatura) e paquimetria (análise de sua espessura), que permitem
identificar a doença nas fases mais precoces, ressaltando que ambos podem ser
realizados simultaneamente.
Tem cura?
O
controle deve ser feito com exames específicos para avaliação de provável
progressão a cada quatro ou seis meses, dependendo da idade do paciente e do
estágio evolutivo do caso. De acordo com o médico, o ceratocone pode levar à
cegueira reversível, ou seja, o paciente pode ter uma perda significativa da
visão, mas pode recuperá-la com os tratamentos atualmente disponíveis, com o
uso de lentes de contato ou cirurgia e, em seu último estágio, o transplante de
córnea.
A
depender do avanço do ceratocone, as principais formas de reabilitação visual
são com a prescrição de óculos e adaptação de lentes de contato rígidas
corneanas ou esclerais, em casos mais leves. Já o crosslinking é um método
cirúrgico minimamente invasivo que vem se mostrando bastante promissor,
indicado para os casos que estão evoluindo e é útil para frear a progressão da
doença. “O procedimento consiste no fortalecimento das fibras de colágeno, que
representam as pontes de sustentação da córnea, com o uso de radiação
ultravioleta, associada a uma substância chamada riboflavina, que aumenta a
rigidez biomecânica do tecido”, explica Dr. Bernardo Almeida.
Para
os casos de ceratocone em que a visão não melhora com o uso dos óculos e lentes
de contato, pode-se indicar o implante do anel intraestromal (Anel de Ferrara),
e, para os estágios mais avançados, a realização do transplante de córnea. “Os
tratamentos estão cada vez mais eficientes. Há novos tipos de Anéis de Ferrara
que trazem melhor resultado pós-operatório e novidades nas técnicas de
transplante de córnea, como o DALK (transplante lamelar anterior profundo), que
diminuem consideravelmente as possíveis complicações cirúrgicas, principalmente
a rejeição ao procedimento”, finaliza o médico.
Sobre o Opty
O
Grupo Opty nasceu em abril de 2016, a partir da união de médicos
oftalmologistas apoiados pelo Pátria Investimentos, que deu origem a um negócio
pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de
gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala
e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a prática da oftalmologia
humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes
regiões do País. No formato, o médico mantém sua participação nas decisões
estratégicas, mantendo o foco no exercício da medicina.
Atualmente,
é o maior grupo de oftalmologia da América Latina, agregando 20 empresas
oftalmológicas, e mais de 2100 colaboradores e 750 médicos oftalmologistas.
Além das marcas HOBrasil (BA, SP e RJ) e Centro Oftalmológico Dr. Vis (DF, RJ e
SC), fazem parte dos associados: o Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC
(BA), o Instituto de Olhos Villas (BA), a Oftalmoclin (BA), o Hospital
Oftalmológico de Brasília (DF), o Hospital de Olhos INOB (DF), o Hospital de
Olhos do Gama (DF), o Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), o Hospital de Olhos
Sadalla Amin Ghanem (SC), o Centro Oftalmológico Jaraguá do Sul (SC), o HCLOE
(SP), a Visclin Oftalmologia (SP), o Eye Center (RJ), o Eye Center Unique (RJ),
COSC (RJ), o Oftalmax Hospital de Olhos (PE), UPO Oftalmologia – Unidade
Paulista de Oftalmologia (SP) e o HMO – Hospital Medicina dos Olhos (SP) fazem
parte dos associados, resultando em 54 unidades de atendimento. Visite www.opty.com.br.
Informações à imprensa / Lume Comunicação Integrada
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