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Tabagismo é fator de risco preocupante para o crescimento dos casos de câncer de boca e da orofaringe



Médico chama atenção para a doença que tem sintomas silenciosos. Males do tabagismo vão muito além do câncer de pulmão


Além de ficar ainda mais vulnerável ao câncer de pulmão e doenças respiratórias, o indivíduo que fuma ou utiliza produtos derivados do tabaco também pode desenvolver uma série de problemas de saúde, sendo os mais graves o câncer de boca, faringe e laringe, além de prejudicar muito o funcionamento do eixo naso-sinusal, fazendo com que a sinusite aguda se torne crônica. Esta é uma das observações do otorrinolaringologista Paulo Perazzo, da Otorrino Center, empresa com mais de 20 anos na área e que passou a integrar o Grupo H+Brasil.

O médico faz um alerta sobre o problema aproveitando a proximidade do Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/08). Segundo ele, o tabagismo, sobretudo quando associado a um quadro de alcoolismo, aumenta em muito a morbimortalidade nesse tipo de câncer e também favorece o aparecimento de complicações naso-sinusais, enfisema pulmonar e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).




O especialista acrescenta que há outros fatores de risco que podem potencializar essas doenças, como propensões genéticas e a vivência em regiões muito secas, com grande poluição atmosférica e em ambientes laborais poluídos, como indústrias pesadas e até serralherias, por exemplo.

Por mais inofensivos que pareçam, qualquer alteração na boca, língua e gengivas, como manchas que não desaparecem, sejam brancas, vermelhas ou assemelhadas a verrugas, ou rouquidão persistente por mais de sete dias são indicativos que um otorrinolaringologista deve ser procurado imediatamente. Vale o mesmo para rino-sinusites associadas ou não ao tabagismo em que aparecem secreções e há aumento de dor de cabeça. Se não cuidados, os sintomas ainda podem progredir para dificuldade de mastigação e de fala, sensação de que há algo preso na garganta e alteração na movimentação da língua.

Paulo Perazzo afirma que entre os tratamentos disponíveis para o câncer nessa região, a depender do estágio da doença, estão os procedimentos cirúrgicos e os complementares como a quimioterapia e a radioterapia, e que, quando diagnosticada com antecedência, há 90% de chances de cura. Para ele, além da interrupção do hábito de fumar, a hidratação e a lavagem do nariz com frequência são muito úteis também para evitar problemas.

Mas, segundo o otorrinolaringologista, não é preciso chegar a tal nível de intervenção se forem procuradas formas de tratamento para o tabagismo e para os problemas decorrentes. De acordo com o médico, há grupos liderados principalmente por pneumologistas em hospitais e centros de saúde conhecidos como “cessação tabágica”, que utilizam reeducação sobre estilos de vida saudáveis, em combinação com antidepressivos, drogas e terapias específicas, sem deixar de lado campanhas persistentes para reduzir ao máximo o número de tabagistas.

Pelas estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2020, apenas no sexo masculino, foram diagnosticados no Brasil mais de 17 mil casos da doença na cavidade oral e laringe com mais de 8,6 mil óbitos, sendo o quinto tipo de câncer mais frequente em homens. Na Bahia, a taxa estimada de incidência é de 7,85 casos para 100 mil pessoas no sexo masculino e de 2,01 entre as mulheres.

 

Imagem de Siegfried Poepperl por Pixabay




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