O vereador Jorge Maécio (PP) usou o
pequeno expediente na Câmara Municipal de Eunápolis, durante a 1190ª sessão
ordinária desta quinta-feira, dia 21 de dezembro, para condenar a falta de
responsabilidade social da Embasa (Empresa Baiana de Água e Saneamento) com a
preservação do Rio Buranhém, que corta Eunápolis e abastece a população,
“especialmente com a recuperação de manutenção das matas ciliares no entorno da
Estação de Captação, localizada no Bairro Dinah Borges”. Frisou.
Disse que “há quatro anos seu
mandato enceta uma luta muito ampla em defesa do Rio Buranhém, tendo feito
audiência pública com a presença de quase 300 pessoas e representantes de todos
os municípios banhados por este curso de água”. Lembrou que entregou ofícios ao
ex-governador Rui Costa, ao Governo Federal, à ANA (Agência Nacional de Águas)
como também a Embasa.
“Justamente a Embasa, empresa que
retira seus recursos financeiros de um manancial hídrico sem pagar nada e sem
se preocupar com o assoreamento que acontece justamente no lugar da captação”.
Criticou.
Em tom indignado, disse ainda que o
rio está cheio de bolsões de areia e que a degradação é visível especialmente
próximo às margens, sem falar da poluição por agrotóxicos.
O parlamentar sugeriu a criação de
um programa para recuperação do manancial, “no qual a Embasa poderia participar
com recursos, como uma espécie de contrapartida pelos dividendos econômicos
advindos da concessão que ela detém para explorar e distribuir água na cidade
de Eunápolis”.
“É uma concessão maravilhosa”
Ironizou. “A Embasa não investe em equipamentos. No dia 19 de dezembro tivemos
uma enxurrada que danificou os equipamentos já precários e a população fica sem
água enquanto eles fazem a descarga da água das chuvas. Resumindo: a Embasa
explora a água do nosso manancial e nada faz pelo Rio Buranhém de onde ela tira
seu benefício econômico”. Reiterou.
Jorge Maécio destacou ainda que se
o Rio Buranhém secar e a Embasa for obrigada a captar água no Rio
Jequitinhonha, o custo operacional tornar-se-á mais elevado, devido à distância
e à necessidade de estações elevatórias, podendo ocorrer de a população ser
obrigada a pagar mais caro pela água que consome, como já ocorre em outras
cidades, como em Itabuna, cuja captação é muito distante da zona urbana.
“Para a Embasa é mais cômodo
recuperar e proteger o manancial, preservar este local de captação uma vez que
é mais próxima da ETA (Estação de Tratamento de Água) e que já dispõe de toda a
infraestrutura, embora necessitando de modernização e ampliação”. Argumentou.
Por ascom/ CME – Fotos: Milton
Guerreiro
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