PF ACIONA INTERPOL PARA ENCONTRAR
IRMÃO DE EX-MINISTRO
Adarico Negromonte Filho é acusado de
formação de quadrilha e corrupção ativa
A Polícia Federal acionou a
Interpol para tentar localizar irmão do ex-ministro Mário Negromonte, que
ocupou a pasta das Cidades no governo Dilma Rousseff.
Adarico Negromonte Filho é
acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa.
A PF fez buscas no
apartamento dele em São Paulo nesta sexta-feira (14), para cumprir mandado da
sétima fase da Operação Lava Jato.
O irmão do ex-ministro era
subordinado ao doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema de
corrupção na Petrobras e lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10
bilhões.
O juiz Sérgio Moro, da
Justiça do Paraná, determinou a prisão temporária, de cinco dias, de Adarico
Negromonte. Segundo investigadores, contudo, há dois meses, ele não é
localizado.
Nesta sexta-feira (14), a PF
confirmou ainda a prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e
de mais 17 pessoas, de forma temporária ou preventiva, incluindo os presidentes
de cinco companhias: OAS, Camargo Corrêa Construções, Iesa Óleo e Gás, UTC e a
construtora Queiroz Galvão (veja a lista completa).
Os investigados que não
foram localizados tiveram seus nomes inscritos no sistema de procurados da PF e
estão proibidos de deixar o País, entre eles, o lobista Fernando Baiano,
apontado nas investigações como agente do PMDB no esquema criminoso.
Foram realizados mandados de
busca e apreensão nas empresas Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia,
Iesa, Mendes Júnior, OAS, Odebrechet, Queiroz Galvão e UTC. Ao todo, 49
mandados foram cumpridos em Recife, Jundiaí, Santos, Curitiba Distrito Federal,
Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. A PF ainda executou quatro mandados
de prisão preventiva, 13 de prisão temporária e nove de condução coercitiva,
quando o suspeito é levado para prestar esclarecimentos, mas não fica
detido.
Das nove empresas
investigadas, sete empreiteiras com contrato de mais de R$ 59 bilhões com a
Petrobras foram alvo da operação deflagrada nesta sexta, como informou o
delegado da PF, Igor Romário de Paula, responsável pela operação.
— São aquelas em que o
material apreendido e as quebras de sigilo dão material robusto para mostrar o
envolvimento na formação de cartel, desvio de recursos para corrupção de
agentes públicos.
De acordo com o delegado,
alguns executivos das sete maiores empreiteiras do País mantinham, nas últimas
semanas, atitudes suspeitas. Segundo o policial, essas pessoas pernoitavam fora
de casa e viajam com frequência.
— Alguns vinham saindo do
País com frequência ou dormiam em hotéis, apartamentos nitidamente com caráter
de não permanecer [nas residências fixas]. Isso se comprovou hoje com alguns
sendo encontrados em outras cidades.
CONTRATOS
Ainda de acordo com a PF, os
executivos das empreiteiras presos participaram diretamente da celebração de
contratos com a Petrobras. Outros alvos da operação tiveram participação
secundária ou atuaram no transporte de recursos obtidos de forma ilícita para
doleiros, que posteriormente faziam a lavagem.
Na sétima fase da operação
Lava Jato foram expedidos 85 mandados judiciais e decretado o bloqueio de
aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Foi
autorizado também o bloqueio integral de valores pertencentes a três empresas
referentes a um dos operadores do esquema.
Os grupos investigados
registraram, segundo dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades
Financeiras), operações financeiras atípicas no montante que supera R$ 10
bilhões. Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos
crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de
Licitações e lavagem de dinheiro.
Os mandados foram cumpridos
nos estados do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, Pernambuco
e no Distrito Federal. Ao todo, mais de 300 policiais federais e 50 servidores
da Receita Federal participaram da operação.
ENTENDA A OPERAÇÃO LAVA JATO
A PF (Polícia Federal)
iniciou no dia 17 de março a operação Lava Jato contra um esquema criminoso que
teria movimentado mais de R$ 10 bilhões em transações financeiras ilegais que
envolveram principalmente atividades de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

A operação ganhou grande
repercussão nacional após a divulgação da suposta ligação entre o doleiro
Youssef e os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque. Os
dois ex-funcionários da estatal teriam utilizado o esquema para lavar dinheiro
de propinas oriundas de contratos superfaturados. Paulo Roberto Costa e o
doleiro são acusados de desviar recursos das obras da Refinaria Abreu e Lima,
em Pernambuco.
De acordo com o Ministério
Público, os desvios nas obras da refinaria ocorreram por meio de contratos
superfaturados feitos com empresas que prestaram serviços à Petrobras entre
2009 e 2014. Segundo o MPF, a obra foi orçada em R$ 2,5 bilhões, mas custou
mais de R$ 20 bilhões. De acordo com a investigação, os desvios tiveram a
participação de Costa, então diretor de Abastecimento, e de Youssef, dono de empresas
de fachada.
Na defesa prévia apresentada
à Justiça, os advogados do ex-diretor informaram que os pagamentos recebidos
das empresas do doleiro, identificados como repasses ou comissões, foram
decorrentes de serviços de consultoria. No entanto, de acordo com o juiz, a
Polícia Federal e o Ministério Público não encontraram provas de que os
serviços foram prestados.
FONTE: http://noticias.r7.com/brasil/pf-aciona-interpol-para-encontrar-irmao-de-ex-ministro-14112014
LAVA JATO
CUMPRE MANDADOS DE PRISÃO -VEJA A LISTA COM OS NOMES
Polícia Federal já prendeu 18 pessoas
por esquema de corrupção na Petrobras
Em nova fase da operação
Lava-Jato, a PF (Polícia Federal) prendeu na manhã desta sexta-feira (14) o
ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e outras 17 pessoas suspeitas
de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$10
bilhões.
Na sétima etapa da Lava
Jato, a PF também prendeu executivos e fez buscas e apreensão em sete das
maiores empreiteiras do País, apontadas como o braço financeiro de um esquema
de corrupção na estatal. Veja os mandados de prisão decretados pela Justiça
Federal.
Prisão preventiva:
1. EDUARDO HERMELINO LEITE,
Diretor Vice-Presidente da Camargo Correa S.A., São Paulo
2. JOSÉ RICARDO NOGUEIRA
BREGHIROLLI, funcionário da Construtora OAS em São Paulo
3. AGENOR FRANKLIN MAGALHAES
MEDEIROS, Diretor-Presidente da Área Internacional da Construtora OAS S.A, São Paulo
4. SERGIO CUNHA MENDES,
Diretor Vice-Presidente Executivo da Mendes Júnior Trading Engenharia S/A,
Brasília
5. GERSON DE MELLO ALMADA,
Vice-Presidente da Engevix Engenharia S.A., São Paulo
6. ERTON MEDEIROS FONSECA,
Diretor Presidente da Divisão de Engenharia Industrial da empresa Galvão
Engenharia S.A., São Paulo
Prisão temporária:
1. JOÃO RICARDO AULER,
Presidente do Conselho de Administração da Construções e Comércio Camargo
Correa S.A, São Paulo
2. MATEUS COUTINHO DE SÁ
OLIVEIRA (OAS), São Paulo
3. ALEXANDRE PORTELA BARBOSA
(OAS), Advogado da Construtora OAS, São Paulo
4. EDNALDO ALVES DA SILVA
(UTC), São Paulo
5. CARLOS EDUARDO STRAUCH
ALBERO, Diretor Técnico da Engevix Engenharia S/A, Osasco/SP
6. NEWTON PRADO JUNIOR,
Diretor Técnico da Engevix Engenharia S/A, Santos/SP
7. DALTON SANTOS AVANCINI,
Diretor-Presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações S.A., São
Paulo
8. OTTO GARRIDO SPARENBERG,
Diretor de Operações da IESA ÓLEO & GÁS S.A., Rio de Janeiro
9. VALDIR LIMA CARREIRO,
Diretor Presidente da IESA ÓLEO & GÁS S.A., Pinhais/PR
10. JAYME ALVES DE OLIVEIRA
FILHO, Rio de Janeiro
11. ADARICO NEGROMONTE
FILHO, São Paulo
12. JOSÉ ALDEMÁRIO PINHEIRO
FILHO, presidente da OAS, São Paulo
13. RICARDO RIBEIRO PESSOA,
presidente da UTC Participações S.A., São Paulo
14. WALMIR PINHEIRO SANTANA,
responsável pela UTC Participações S.A., São Paulo
15. CARLOS ALBERTO DA COSTA
SILVA, São Paulo
16. OTHON ZANOIDE DE MORAES
FILHO, Diretor-geral de desenvolvimento comercial da Vital Engenharia, empresa
do Grupo Queiroz Galvão, Rio de Janeiro
17. ILDEFONSO COLARES FILHO,
Diretor-Presidente da Construtora Queiroz Galvão S.A, Rio de Janeiro
18. RENATO DE SOUZA DUQUE,
Rio de Janeiro
19. FERNANDO ANTONIO FALCÃO
SOARES, Rio de Janeiro
Investigados que sofreram bloqueios bancários:
1) Eduardo Hermelino Leite
2) Dalton dos Santos
Avancini
3) João Ricardo Auler
4) José Ricardo Nogueira
Breghirolli
5) José Aldemário Pinheiro
Filho
6) Agenor Franklin Magalhaes
Medeiros
7) Ricardo Ribeiro Pessoa
8) Walmir Pinheiro Santana
9) Sérgio Cunha Mendes
10) Gerson de Mello Almada
11) Othon Zanoide de Moraes
Filho
12) Ildefonso Colares Filho
13) Valdir Lima Carreiro
14) Erton Medeiros Fonseca
15) Fernando Antonio Falcão
Soares
16) Renato de Souza Duque
Mandados de condução coercitiva (foram levados para
prestar esclarecimentos, mas não ficaram presos):
1) Edmundo Trujillo, diretor
do Consórcio Nacional Camargo Correa
2) Pedro Morollo Junior,
engenheiro civil, OAS
3) Fernando Augusto Stremel
Andrade, engenheiro civil, OAS
4) Angelo Alves Mendes,
diretor vice-presidente da Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A
5) Rogério Cunha de
Olliveira, diretor da Área de Óleo e Gás -(ANOG) da Mendes Júnior Trading e
Engenharia
6) Flávio Motta Pinheiro,
diretor Administrativo e Financeiro da MENDESPREV – Sociedade Previdenciária
7) Cristiano Kok, presidente
da Engevix Engenharia S/A.
8) Marice Correa de Lima,
cunhada do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto
9) Luiz Roberto Pereira
FONTE: http://noticias.r7.com/brasil/lava-jato-cumpre-mandados-de-prisao-veja-a-lista-com-os-nomes-14112014