O GOOGLE AFIRMA OS RESULTADOS
NÃO REFLETEM A SUA OPINIÃO OU CRENÇA
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo)
proibiu o Google de associar o Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino
de Deus, com os termos “anticristo” e “sinagoga de satanás” do
Google Maps.
O Tribunal também determinou que a empresa
desenvolva filtros que evitem “a vinculação presente e futura, dos termos
apontados” no buscador.
O processo movido pela igreja contra o Google
Brasil teve início em agosto de 2016. A decisão dos desembargadores (2ª
Instância) é de dezembro de 2017.
Na ação, os advogados alegaram que os termos “Anticristo” e “Sinagoga
de Satanás” ofendem a igreja, seus líderes e fiéis. “Essa localização
vinculada ao ‘Google Maps’ estabelece uma relação depreciativa (e grave) com os
fiéis da autora (apelante), com algo que antagoniza, diretamente, com a fé
Cristã”, trecho do parecer.
Na 1ª Instância, o juiz Fernando José Cúnico deu
provimento parcial aos pedidos da Universal. O juiz determinou a retirada dos
parâmetros na busca, mas havia negado o fornecimento de dados dos usuários que
vincularam os termos ao mapa.
O Google afirmou, por meio de relatório de 1
engenheiro de software da empresa, que não houve interferência humana quanto à
disposição dos resultados. “Esses resultados não refletem a opinião da
Google ou nossas crenças, embora os resultados possam parecer inesperados e
incomuns”, diz trecho do parecer.
O Tribunal determinou que a empresa adote
medidas necessárias para evitar a vinculação dos termos “anticristo” e “sinagoga
de Satanás” ao nome, imagem e endereço do Templo de Salomão, “seja
por meio de intervenção humana, algoritmos, de sistemas de classificação ou
qualquer outro meio”. Em caso de descumprimento da obrigação, a pena deve
ser convertida em perdas e danos.
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Matéria publicada em 17-02-2018 – FONTE: Poder
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