O governo autorizou o uso de forças armadas e policiais para desobstruir as pistas, mas ainda há resistência em alguns trechos
No sexto-dia da
greve geral dos caminhoneiros no Brasil, já faltam produtos essenciais em todo
o território nacional. Em Eunápolis os postos de combustíveis praticamente zeraram os estoques de gasolina e álcool e nos
supermercados é bem visível a falta produtos hortigranjeiros. Em relação a outros produtos, os supermercados
estão trabalhando com estoques acumulados, entretanto, se a
greve continuar, poderão faltar alimentos essenciais para o dia a dia. Neste
momento, os adversários de Temer estão dizendo que esta “grave crise” está deixando
o país refém da categoria.
Em Porto Seguro, os
horários das balsas já foram reduzidos, em função da escassez de combustível. A
maioria dos postos de combustíveis está sem óleo diesel e com estoques
reduzidos de gasolina e álcool.
Em Eunápolis, a
empresa de transporte público coletivo também está operando com horários reduzidos.
A greve afeta
também os setores de serviços em todo o território nacional. Ambulâncias,
transporte público, transporte escolar, hospitais, aeroportos, escolas e até o
setor agropecuário, etc, entrarão em colapso se a greve não acabar. Vários
hospitais já cancelaram cirurgias e vão à justiça, por remédios. No Paraná o estoque de gasolina zerou.
Com greve de
caminhoneiros, granjas ficam sem ração e milhares de frangos morrem na Bahia. Em
várias cidades baianas, são usados até retro-escavadeira para retirar “montanhas”
de aves mortas, pela falta de alimentos para as mesmas.
A greve acontece em
clima de tranqüilidade por parte dos caminhoneiros, mas uma ocorrência aconteceu no km 340 da BR-101, interior da Bahia, na manhã de quarta-feira, 23/05/2018, quando um PM perdeu o controle emocional
e sem mais nem menos, efetuou um disparo de arma contra um grupo de manifestantes, deixando um homem ferido. Um dos policiais retorna e faz
outro disparo contra os manifestantes e fala: "Venha, venha!" Um
vídeo circula na internet, mostrando toda a ação e também a viatura policial
indo embora sem prestar socorro.
O governo federal
autorizou o uso das forças policiais e do exército para conter a greve. Até o
momento, metade dos caminhoneiros aceitaram acatar a ordem judicial, mas ainda
existem resistências, como em São Paulo, onde manifestantes estão, neste
momento, queimando pneus, bloqueando as vias em diferentes pontos.
Mesmo que a greve
acabe, o país levará pelo menos duas semanas para voltar ao normal. Os prejuízos
para a nação são incalculáveis, tanto no setor público como no privado.
Acredita-se que, se o governo não acatar a ânsia do povo, novas manifestações e
greves voltarão a acontecer.
O ministro da Secretaria
de Governo Carlos Marun fez pronunciamento durante o sexto dia da greve dos
caminhoneiros – 26/05/2018 – e deixou claro que o Governo multará donos de
transportadoras paradas em R$ 100 mil por hora, uma providência nada afável,
que complicará mais a ainda a relação entre manifestantes e governo. Na
prática, conforme o andamento das coisas e as ofertas do governo, não haverá
muitas mudanças. O que o povo quer, é o combustível como preços iguais aos
praticados por outros países. A nossa gasolina é a mais cara do mundo, relatou
um manifestante. (Por Carlos Rheiz).
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