Esta matéria tem a finalidade de alertar as pessoas sobre riscos de doenças transmissíveis e dos cuidados que devem tomar
Um simples beijo na boca trocado
com aquele cara ou menina que estava te olhando na balada pode transmitir desde
uma gripe ou resfriado e até hepatite B. “Durante o beijo existe troca de
fluido salivar, então toda a doença que usa a saliva como meio de contaminação
cruzada, pode ser transmitida pelo beijo”, afirma o dentista Alexandre Morita.
A boca, por ser escura e úmida, também é o local ideal para que os mil tipos
diferentes de organismos que a habitam se desenvolverem. Além da gripe e da
hepatite B, o ato pode transmitir mononucleose, cáries, herpes labial,
faringite e também amigdalite.
ATENÇÃO: As imagens
expostas aqui podem ser consideradas fortes para algumas pessoas e não
recomendadas para menores de idade ou pessoas sensíveis. Se você prosseguir,
por sua conta e risco, estará automaticamente se declarando maior de idade e
perfeitamente apto(a) e responsável pelos seus atos.
MONONUCLEOSE:
A mononucleose, a doença do beijo,
é transmitida pelo contato direto com a saliva, objetos contaminados e
transfusão de sangue. O vírus Epstein-Bar fica incubado por 30 a 45 dias e uma
vez infectada a pessoa o carrega para sempre, podendo ser contagioso em
ocasiões especiais. Dor de garganta, fadiga, inchaço nos gânglios linfáticos,
tosse, perda de apetite, inflamação no fígado e hipertrofia do baço, são os
sintomas da doença, que pode ser confundida facilmente com as comuns do
inverno. Como nas demais viroses, não existem medicamentos específicos para
combatê-la. O tratamento é feito com antitérmicos, analgésicos,
antiinflamatórios e repouso.
HERPES LABIAL:
Outra doença bem comum é a herpes
labial. Não é grave, porém, requer um tratamento específico. Os sintomas são
locais: lesões cutâneas cheias de líquido claro ou amarelado aparecem formando
crostas quando se rompem e podem causar coceira, ardor e formigamento que duram
uma semana. A ação do vírus provoca uma reação imunólogica incapaz de
combatê-lo, fazendo com que algumas células guardem o genoma viral, que podem
ser ativados com a ajuda de fatores ambientais ou biológicos. O tratamento é
feito com antivirais que reduzem os períodos em que ela aparece. Consulte um
médico se suspeitar que está com herpes simples.
MENINGITE:
O beijo também pode transmitir a
meningite, infecção causada por bactéria ou vírus que ataca as meninges,
membranas protetoras do encéfalo, medula espinhal e outras partes do sistema
nervoso central. Quando causada por vírus o quadro é leve e os sintomas são
parecidos com os da gripe e, normalmente, espera-se que se resolva sozinho como
outras viroses.
Febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade
para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo
corpo são sintomas da meningite bacteriana. É importante introduzir os
medicamentos adequados para combater essa forma da doença antes que cause danos
neurológicos irreversíveis. É possível prevenir a meningite tomando vacinas.
SÍFILIS:
A sífilis é uma doença sexualmente
transmissível e raramente é transmitida pelo beijo, causando ferida indolor na
gengiva, órgãos genitais, palma da mão e planta dos pés. Mesmo sem tratamento
elas podem desaparecer, mas o vírus ainda está presente no corpo e pode causar
outros sintomas como manchas avermelhadas na pele e nas mucosas, além de
alterações no sistema nervoso central. O tratamento é feito com antibióticos e
acompanhamento através de exames de sangue.
GRIPES:
A gripe suína, assim como a comum,
pode ser contagiosa através do contato e secreções respiratórias. Os sintomas
também são conhecidos: febre, dor de cabeça e pelo corpo, dor de garganta e
tosse.
HEPATITE B:
Hepatites são doenças que atacam o
fígado. Depois do álcool, são as principais causadores de cirrose e câncer de
fígado. É uma doença sexualmente transmissível mas pode ser contraída pelo
contato com o sangue e materiais cortantes contaminados como alicates de unha.
Há o risco de de transmissão de
hepatite B pelo beijo, pois o vírus está presente na saliva da pessoa
infectada. Os sintomas são parecidos com o da hepatite A: náuseas, vômitos,
mal-estar, febre, fadiga, perda de apetite, dores abdominais, urina escura, fezes
claras, icterícia (cor amarelada na pele e conjuntivas). É possível prevenir o
contágio atráves da vacina. O tratamento alivia esses sintomas e suas
complicações, mas não há um consenso sobre os medicamentos antivirais.
GENGIVITE:
Quando não tratada, a gengivite, que
é a inflamação da gengiva, evolui para um quadro de periodontite. A região fica
vermelha e sangra. É causada pelo acúmulo de placa e tártaro nos dentes. Para
tratar, é necessário fazer ir ao dentista fazer uma limpeza e manter os cuidados
diários: “O principal cuidado que todos devem ter é escovar da maneira correta
diariamente. Uma escovação correta consiste em utilizar a escova certa em todos
os dentes e língua e passar fio ou fita dental, além de fazer visitas
periódicas ao dentista, pelo menos de seis em seis meses” esclarece, Alexandre.
CÁRIE:
O dentista também afirma que a cárie é uma doença multifatorial. Seu surgimento pode ocorrer devido à presença de carboidratos e sacarose na alimentação; estrutura sociocultural, aspectos hereditários e imonológicos, além dos microorganismos presentes na cavidade bucal, no entanto, estes não são determinantes, e sim, participativos. Há quem afirme que o contato pode transmitir a cárie.
Alexandre atenta que a única maneira de evitar qualquer contaminação de qualquer doença pelo beijo é sabendo quem beijar. Também é importante higienizar as mãos sempre que possível, não compartilhar objetos ítimos como escovas de dentes.
Se você quer aproveitar o Dia do
Beijo, faça uma boa escovação para também prevenir a halitose (mau hálito).
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