“Advogado não deve
ser atendido no TJ-BA por menor aprendiz. Não encaminhá-lo ao juiz é vedar o
acesso à Justiça. Esse falta de compromisso atenta contra a cidadania. É um
desrespeito às prerrogativas. A advocacia não suporta mais a manutenção dos
Cartórios Integrados”, protestou o conselheiro federal da OAB, Fabrício
Castro, na quarta-feira (25), ao saber que o desembargador Carlos Vieira von
Adamek, em visita surpresa aos Cartórios Integrados de Salvador, pediu para ser
atendido por um juiz, mas teve a solicitação negada.
O desembargador
Carlos Adamek não informou a identidade nas visitas. Ele foi designado pelo
corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio Noronha, para inspecionar
o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). De acordo com Fabrício Castro, o
magistrado agiu anonimamente para apurar o problema denunciado pela OAB. “Ele
constatou o que falamos e sentiu na pele como é advogar na Bahia.
Independentemente de o pedido ser uma questão de urgência ou de mérito, o
acesso do advogado ao juiz precisa acontecer a qualquer momento”, assinalou.
Após receber
diversas queixas, a OAB acionou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra os
Cartórios Integrados no dia 18 deste mês. Entre os problemas apontados pela
Ordem, Fabrício destacou o atendimento feito por menores aprendizes, sem
conhecimento técnico para solucionar problemas simples; a falta de contato com
servidores e magistrados, sobretudo em pedidos de urgência; a necessidade de
maior capacitação dos atendentes; ausência de visibilidade da área interna dos
cartórios e a proibição da entrada dos advogados, bem como a necessidade de
deslocamento a cartórios para impulsionar atos ordinários.
Data: 26/07/2018
/ Ascom: 71-9-9248-7895
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