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Menina de 10 anos morre em hospital após ser agredida por colegas na saída de escola pública

Duas adolescentes de 14 anos incitaram vítima a se defender em MS, diz polícia
Uma menina de 10 anos morreu na manhã desta quinta-feira (6), na Santa Casa de Campo Grande, sete dias após ter sido agredida na saída da escola em que estudava. A Polícia Civil apura o caso, registrado como morte a esclarecer e a Secretaria de Estado de Educação (SED) acompanha.

Os pais da criança contaram à polícia que a filha foi agredida logo após sair da aula, por volta das 17h (de MS), do dia 29 de novembro, a cerca de 100 metros da Escola Estadual Lino Villachá, onde estudava no 4º ano do ensino fundamental. O pai foi buscá-la e a encontrou deitada na rua, sub chuva, chorando desesperada.
Dois golpes com uma mochila cheia de livros. Segundo a polícia, este foi o movimento feito por uma menina de 9 anos, contra a colega Gabriele Ximenes, de 10 anos, minutos após brigarem e uma ofender a mãe da outra. Duas adolescentes de 14 anos teriam incitado vítima a se defender.

“A menina de 9 anos e as adolescentes passaram a tarde na delegacia e foram ouvidas como testemunhas. A mais nova confirma que só ela agrediu com a mochila, sendo que as outras chegaram depois e só perguntavam se a vítima não ia se defender”, afirmou ao G1 a delegada Fernanda Félix, responsável pelas investigações.

Após a agressão, a menina foi levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a Santa Casa e, conforme o boletim de ocorrência, ficou em observação por um dia com dores na coluna e no quadril.

Segundo o hospital, a menina reclamava de dores de cabeça e passou por exames, que não apontaram alteração. Por isso ela foi liberada após ter sido medicada.









No dia 4 de dezembro, depois de reclamar novamente de dores, ela foi levada pela família para a Unidade de Pronto Atendimento Coronel Antonino, e no dia 5 voltou para a Santa Casa. Conforme o hospital, ela passou por cirurgia na região do quadril e morreu no início da manhã desta quinta-feira após parada cardíaca.

Essas tragédias poderiam ser evitadas se os pais orientassem os filhos a observarem seus limites, respeitando o direito das outras pessoas. O governo poderia intervir com uma campanha pública e endurecimento das leis, com penas aplicáveis aos chamados “infratores” menores de idade.


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