Um novo encontro para tentar
chegar a um acordo acontecerá nesta segunda-feira
A audiência de
conciliação entre o Sindicato dos Vigilante e o Sindicato das
Empresas de Segurança Privada da Bahia (Sindesp) terminou sem acordo. O
encontro aconteceu nesta sexta-feira (13), na sede do Tribunal Regional do
Trabalho (TRT-5).
No encontro, o
Sindesp ofereceu um reajuste de 1,5% nos salários, alegando tentativa de
manutenção dos postos de trabalho no cenário de crise. Já o sindicatos dos
vigilantes entende que o valor não é suficiente, já que a categoria não tem
reajuste salarial há dois anos.
De acordo com José
Boaventura, que representa a categoria, a greve continua, mas a liminar que exige um percentual mínimo de
vigilantes atuando será
respeitada. O documento ordena um efetivo mínimo de 50% em todos os postos de
serviços das atividades consideradas essenciais, como instituições bancárias,
financeiras e postos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e de
30% para todos os demais postos de serviços.
"O Sindesp
repetiu a proposta de 1,5%, mas a presidente do TRT (desembargadora Dalila
Andrade) fez proposta de reposição dos 8%, considerando o INPC (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor) de fevereiro de 2019 e de 2020. Os patrões se
mantiveram irredutíveis e pediram mais prazo", disse Boaventura ao
CORREIO. A categoria paralisou as atividades em todo o estado na quarta-feira (10).
À reportagem,
o presidente do Sindesp, Paulo Cruz, confirmou que os vigilantes pediram o
mesmo valor inicial e que nenhuma contraproposta foi feita. "O sindicato
voltou a pedir os 8%, além de mais o percentual de ganho real.
A presidente fez uma proposta e precisamos avaliar.Os empresários preisam
se reunir para debater. Como não estávamos todos nessa audiência, não foi
possível debater os valores", disse.
Um encontro informal
entre os dois sindicatos está marcado para esta segunda-feira (16), às 11h, no
Centro de Conciliação de 2º grau (Cejusc-2) do Tribunal, para que empresários e
vigilantes tentem chegar a um acordo.
Caso não haja
negociação, haverá um julgamento do dissídio coletivo da greve dos vigilantes
no dia 23 de março, às 16h30, no Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região
(TRT5-BA), do dissídio coletivo da greve dos vigilantes.
De acordo com o TRT,
na audiência, "a desembargadora decidiu que as manifestações do movimento
grevista deverão respeitar uma distância mínima de 10 metros da entrada de cada
estabelecimento, garantindo assim o direito de ir e vir das pessoas".
Fonte: Correio da Bahia
0 Comentários