A mãe
trabalha durante o dia e a criança fica aos cuidados de outra pessoa
Uma criança de apenas
1 ano e três meses, foi submetida a cirurgia depois de ter a genitália
dilacerada. Caso foi denunciado pela mãe da criança, na manhã de quinta-feira
(28/06/2018), mas foi descoberto no dia anterior. Segundo a mãe da vítima, na
quarta-feira (27) ao chegar com a criança em casa e tentar trocá-la, percebeu o
sangramento na fralda. A criança chorava demonstrando dor e cobria o órgão
genital com as mãos, não querendo que a mãe a tocasse.
A mulher procurou
atendimento médico na Policlínica do Pedra 90. Em seguida, foi encaminhada para
a Policlínica do Coxipó (MT) e transferida para o Hospital Universitário Júlio
Müller, onde a filha foi submetida a uma cirurgia para sutura na região.
Somente no dia
seguinte a mulher procurou a Polícia Civil para denunciar a suspeita de abuso
sexual da filha, que passou a ser investigada pela Delegacia Especializada de
Defesa dos Direitos da Criança (Deddica). Questionada, ela disse que ficou
assustada e com medo, por isso primeiro procurou ajuda médica e só depois fez a
denúncia.
Na ocorrência a mãe
diz que trabalha a noite e a criança dorme com o pai e durante parte do dia
fica na casa de uma madrinha. Tanto que costuma buscar a filha por volta das
15h mas, por causa do jogo da seleção brasileira, pegou a menina mais cedo, por
volta das 12h30. Ao chegar em casa foi trocar a criança e percebeu o
sangramento. Ela questionou o fato com a cuidadora que alegou tratar-se de
ferimentos decorrentes de alergia à fralda descartável. A mãe informou ainda
que na casa onde a criança fica, existe grande movimentação de pessoas.
Antes mesmo de
receber a ocorrência oficialmente, a Deddica passou a fazer a investigação.
Segundo o chefe do operações, Darimar
Aguiar, imediatamente uma equipe de policiais foi até o endereço e qualificou
todas as pessoas que residem e frequentam a casa. Ao todo são 5 homens,
incluindo o pai, que serão intimados a prestar declarações.
A delegacia aguarda
informações preliminares dos exames feitos por médicos peritos do Instituto de
Medicina Legal (IML), para confirmar a natureza dos ferimentos e como foram
provocados.