O elemento também matou a
própria mãe em 1992 e passou 10 anos preso
Paulo Roberto de
Caldas Osório, 45 anos, foi encontrado morto na tarde deste sábado (11/4),
na cela onde era interno, no Complexo Penitenciário da Papuda. O
homem estava preso, acusado de matar o próprio filho, Bernardo da
Silva Marques Osório, de 1 ano e 11 meses, envenenado. O caso ocorreu em
novembro de 2019.
De acordo com a Subsecretaria
do Sistema Penitenciário (Sesipe), Paulo usou a própria calça para produzir uma
corda e se enforcar. O corpo dele foi encontrado, por volta das 17h15, quando
agentes penitenciários realizavam a inspeção da tarde, no presídio. Ele estava
caído no chão da cela, com sinais de suicídio por enforcamento.
Segundo a Sesipe,
a sirene de emergência foi acionada e um policial penal entrou
na cela, imediatamente. O agente deu início aos procedimentos de reanimação,
mas não teve sucesso. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também
foi acionado. No entanto, quando os socorristas chegaram ao local, o detento já
estava morto.
Paulo Roberto de
Caldas Osório era servidor público e matou Bernardo em 29 de
novembro do ano passado. Nesta data, o metroviário buscou a criança em uma
creche na 906 Sul. No carro, entregou um copo com suco de uva ao menino. A
bebida estava envenenada com três comprimidos de uma medicação para insônia,
que era consumida pelo servidor público. Quando pai e filho chegaram à
residência, na 712 Sul, começaram os preparativos para a fuga.
Bernardo passou mal
ao menos duas vezes, dentro da casa. Paulo deu banho na criança e, pouco
depois, o colocou na cadeirinha de segurança, no veículo dele. Em depoimento aos
investigadores da DRS, o homem afirmou que o menino estava dormindo e que a
intenção dele era seguir até a Bahia e ficar alguns dias com o filho para dar
um “susto” na mãe dele.
Paulo relatou que
pegou a BR-020, para seguir até ao estado nordestino. No caminho, ao parar
num posto para abastecer, notou que Bernardo estava morto. Ele continuou viagem e,
após o ponto de divisa entre Goiás e Bahia, deixou o filho e a cadeirinha em um
ponto de mata. Policiais civis realizaram buscas na área indicada pelo acusado,
mas não encontraram o corpo. No entanto, havia indícios de que o servidor
mentia sobre a localidade para que os agentes não chegassem até o corpo do
menino.
O corpo de
Bernardo foi encontrado em 6 de dezembro, em Campos de São João (BA), em estado
de decomposição, junto com a cadeirinha. Para se certificar que o corpo
era mesmo de Bernardo, material genético do garoto foi encaminhado para
Brasília para ser comparado com o DNA dos pais. O resultado foi
positivo.
Veja o vídeo do caso:
Assassino da mãe
Paulo Osório também
matou a própria mãe, Neuza Maria Alves, 45, em 1992. O então jovem de 18 anos
esfaqueou, asfixiou-a com um fio de náilon e colocou fogo no corpo. Ficou preso
por 10 anos na ala psiquiátrica da Papuda e conseguiu a liberdade em 2004, ano
em que a Justiça arquivou o processo. Após o caso Bernardo, o Judiciário pediu
o desarquivamento dos autos para analisar os detalhes do assassinato de Neuza
Maria Alves e o laudo de imputabilidade.
PUBLICIDADE:
0 Comentários