Músicos que tentavam
ganhar um cachê na noite deste sábado, 13, foram obrigados a pararem suas
atividades
O
mundo está vivendo um caos devido à essa pandemia maldita que nos tira a paz e
que está quebrando pessoas e países. Já foi anunciado a 2ª onda e há recomendações
para evitar aglomerações.
Passado
o impacto do primeiro medo, as pessoas começam a se reorganizar para seguir o
curso da vida, já que comida não cai do céu e outras contas precisam ser pagas,
como aluguel, água, luz, telefones, enfim, quem é chefe de família sabe muito
bem do que estamos falando.
Acontece
que para piorar essa situação, os músicos e pessoas ligadas profissionalmente à
vida noturna foram proibidas de trabalhar e tirar o seu sustento, lembrando que
a maioria absoluta dos músicos não tem outra profissão. Uma autoridade decretou
a proibição do trabalho dos músicos em Eunápolis, mesmo antes da pandemia.
Toda
lei deve ser aplicada em consonância com outras leis. Por exemplo, todo menor de
idade precisa ser provido de suas necessidades, conforme consta no ECA – Estatuto
do Menor e do Adolescente e todo idoso também tem os seus privilégios. Então
porque a aplicação dessa lei? Se houvesse necessidade de aplicação das leis, ao
pé da letra, não haveria por exemplo, nenhum corrupto no poder.
Na
nossa opinião, deveria haver um consenso, por exemplo, a proibição de
instrumentos de percussão, proibição de grandes equipamentos de som em bares
(duas caixas pequenas servem), proibição de teclados de ritmos (música de
barzinho sempre foi violão & voz, piano & voz e Karaokê) e principalmente
volume e horário de fechar.
Num
cálculo abstrato, devem existir entre 700 a 1.000 pessoas ligadas à música, em
nossa cidade. Cantores, instrumentistas diversos, donos de bares, casas de
shows e seus funcionários, donos de equipamentos de som e seus funcionários, veículos de
propaganda, emissoras de rádios, criadores de imagens para divulgar eventos
(banners, cartazes, etc), administradores de redes sociais e sites. Cada pessoa
tem em média 5 dependentes (mulher, filhos, pais idosos, etc). No final das
contas, aproximadamente 5 mil pessoas estão sofrendo as consequências da
aplicação de uma lei anti-humana.
Na
noite deste sábado, 12/12/2020, todos os espaços de eventos artísticos de
Eunápolis, foram obrigados a parar. Um famoso bar com música ao vivo, na Av.
Norte Sul preferiu fechar as portas. Não há informações se a ordem partiu pela
lei de proibição do trabalho dos artistas locais ou se foi em função da
pandemia. Nas cidades vizinhas, não há essa proibição, pelo menos por enquanto.
O
que será de nossos músicos? O que será de seus familiares? É preciso que os “administradores”
das leis, em nossa cidade, reflitam e repensem. Não se pode decretar a falência
de ninguém.
Se há um decreto que proíba aglomerações formadas em bares em Eunápolis, neste momento é desconhecida pela população e pela redação deste site. Se houver, pedimos sinceras desculpas.